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5 destaques da 3ª Bienal do Livro, que abre sexta no Mané Garrincha

Evento literário vai ocorrer até o próximo dia 30/10, com programação que inclui lançamentos de livros, palestras, shows musicais e estandes

atualizado

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Parisian flea market
1 de 1 Parisian flea market - Foto: iStock

A Bienal Brasil do Livro e da Leitura (veja programação) retorna à agenda cultural do Distrito Federal a partir desta sexta (21/10), com visitas de autores nacionais e estrangeiros, palestras, shows e estandes. Chegando à terceira edição, o evento sofreu para sair do papel.

O cenário turbulento de crise econômica e política contribuiu para que surgissem dificuldades “contundentes”, segundo o diretor geral Nilson Rodrigues. O orçamento caiu de R$ 7,5 milhões (edições de 2012 e 2014) para R$ 3,25 milhões. A mudança da Esplanada dos Ministérios para o estádio Mané Garrincha ajudou a enxugar os gastos por causa da infraestrutura da arena.

O diretor lamenta a indiferença do Governo do Distrito Federal. “O GDF não entrou com nenhum tostão. Entrou apenas com a cessão do estádio. A Secretaria de Educação não participa. Para nós, isso é muito grave”, conta.

Divulgação
Nilson Rodrigues, diretor geral da Bienal do Livro: sem apoio do GDF

Rodrigues informa que patrocínios privados e emendas parlamentares dos deputados distritais Chico Vigilante (PT), Ricardo Vale (PT), Wasny de Roure (PT) e do senador Hélio José (PMDF) possibilitaram a realização da terceira Bienal.

Com o evento garantido e prestes a concentrar as atenções da cidade em livros e escritores, Rodrigues acredita no potencial reflexivo da mostra. Cerca de 250 mil pessoas visitaram o evento em cada uma das edições anteriores. “Nosso diferencial é o debate, a reflexão. Buscamos discutir temas atuais. Coisas que estão nas mesas dos bares, na internet, nas mídias, nas nossas famílias”.

CONFIRA CINCO DESTAQUES DA 3ª BIENAL DO LIVRO E DA LEITURA

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Shows
Entre livros e autores, também circulam pela bienal pesos pesados da música brasileira. O poeta e cantor Arnaldo Antunes (foto ao lado) se apresenta já na abertura (21/10), às 22h. Chico César sobe ao palco domingo (23/10), no mesmo horário. Mais cedo, às 14h, o paraibano autografa e lança seu livro infantil “O Agente Laranja e a Maçã do Amor”. Zizi Possi faz show na sexta (28/10). Artistas da cidade marcam presença ao longo da programação.

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Os homenageados
Dona de extensa obra poética, a escritora mineira Adélia Prado (foto ao lado) divide as homenagens do evento com o cientista social português Boaventura de Sousa Santos. Aos 80 anos, a autora encontra a plateia para conversar sobre cotidiano e poesia na abertura (21/10), às 20h. Santos, um dos articuladores do Fórum Social Mundial, fala ao público no dia 27/10, também às 20h, e lança o recente livro “As Bifurcações da Ordem: Revolução, Cidade, Campo e Indignação”.

Reprodução/Facebook

Convidados pop
Mais de 120 autores, entre brasilienses, nacionais e estrangeiros, devem lançar livros e promover palestras. Jornalistas atuantes nas redes sociais povoam alguns dos encontros mais disputados. Leonardo Sakamoto, comentarista de política e sociedade, e Mauricio Stycer, dono de um blog sobre TV, protagonizam debates. Outro nome forte do jornalismo on-line, o americano Glenn Greenwald (foto ao lado)vem para compartilhar suas experiências e observações sobre informação e vigilância. Criador do portal “The Intercept”, o repórter ficou famoso depois de uma série de matérias sobre o assunto para o diário inglês “The Guardian”, quando os documentos vazados por Edward Snowden ganharam o noticiário. O tom de discussão política é incrementado por outros convidados, como o jornalista Mário Sérgio Conti, o diplomata Celso Amorim e a pesquisadora e feminista Djamila Ribeiro.

Wikimedia Commons/Divulgação

Lançamentos de livros e foco na América Latina
O escritor mexicano Jorge Volpi (foto ao lado) é um dos fortes nomes latino-americanos que lançam obras durante a bienal. Em “Memorial da Fraude”, o autor analisa a crise econômica de 2008 por meio de uma mistura narrativa entre realidade e ficção. O boliviano Rodrigo Hasbún vem para apresentar o elogiado “Os Afetos” e o argentino Martín Caparrós conta histórias de desigualdade social em “A Fome”. Autores brasileiros também circulam pela feira. A santista Maria Valéria Rezende vem lançar o romance “Quarenta Dias”, o jornalista Julio Maria comenta “Nada Será Como Antes”, recente biografia de Elis Regina, e a psicanalista Regina Navarro Lins debate sexualidade e sentimento em seus volumes da série “O Livro do Amor”. Além desses, Márcia Tiburi e Ziraldo passam pela bienal para dar palestras concorridas.

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Mudança para o Mané Garrincha
Segundo Nilson Rodrigues, diretor geral da bienal, uma das razões para mover o evento da Esplanada para o estádio foi a estrutura do espaço. “Os anéis inferiores se mostraram adequados para a realização”, explica. Por isso, a mudança também favoreceu o enxugamento dos gastos. Mas Rodrigues também enxerga uma metáfora ambiciosa nessa troca de locação. “O futebol é um dos traços mais significativos da cultura brasileira. E a gente quer que o livro seja algo popular. Aproximar o ambiente do futebol dos livros nos parece algo bastante relevante. Constrói uma imagem positiva do que nós queremos”.

3ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura
De 21/10 (sexta) a 30/10 (domingo). No Estádio Nacional Mané Garrincha (Eixo Monumental). Entrada franca. Informações e programação completa no site da Bienal.

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