metropoles.com

“Não abro mão de minha porção homem”, afirma a travesti Rogéria

A atriz está em cartaz com o documentário “Divinas Divas”, que conta a história de oito pioneiras do travestismo no Brasil

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação
Foto colorida da atriz Rogéria - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida da atriz Rogéria - Metrópoles - Foto: Divulgação

Em cartaz com o documentário “Divinas Divas”, a travesti Rogéria afirmou em entrevista que não abre mão de sua “porção homem” de jeito nenhum. A atriz já trabalhou em novelas como Tieta (1989) e é tida como a travesti mais famosa do país.

“Divinas Divas” conta a história de oito pioneiras do travestismo no Brasil. Rogéria, que se autodefine como a travesti da família brasileira, Jane Di Castro, Divina Valéria, Camille K., Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Marquesa e Brigitte de Búzios

0

Elas formaram a primeira geração de travestis do Brasil. E, num país preconceituoso, homofóbico e que enfrentava a repressão brutal da ditadura militar nos anos 1960, conseguiram o prodígio de se fazer aceitas como artistas. Confira a entrevista na íntegra:

Como Astolfo virou Rogéria?

Já era transformista, estava em Paris. Aquilo é muito seco, meu cabelo virou uma juba. Já me sentia fêmea, mas, quando veio o cabelo – loira, poderosa –, foi um escândalo. Virei Rogéria.

E se despediu do Astolfo?

Nunca. Sempre teve gente querendo que eu me livrasse dele. Gosto muito do meu lado homem. Nunca quis operar.

Nunca sofreu discriminação?

Nunca deixei, e quando tentavam o Astolfo reagia. Quando criança, não sofria bullying porque eu fazia bullying nos meninos. Só sofri por amor.

E ser a travesti da família?

Uma vez, um senhor chique, com toda a família, me cumprimentou na rua dizendo – “Nós te amamos.” Esta semana, aqui em São Paulo, botei tênis, fui ao super e tive de fazer um monte de selfie. Atinjo todas as classes. Sou amada.

Você já foi criticada por não militar na causa LGBT…

E respondo: mas que militância? Sou a causa e, se essa gente toda está na rua, foi porque nós do filme abrimos caminho.

Uma pergunta bem íntima – xixi sentada ou de pé?

Depende. Sou geminiano com ascendência em leão. Quando urino de pé, sempre levanto a tampa. Homem é porco. Mulher é mais asseada. Aprendi com minha mãe.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?