Diário de Cannes: Dia 11, 21 de maio
Último dia de festival. último dia de levantar cedo, catar um sanduíche e chocolate quente na rua e correr pro primeiro filme. O primeiro filme do dia não estava na competição principal e chama “Dog Eat Dog”, com Nicolas Cage e Willem Dafoe. O filme começou divertido mas foi perdendo a graça até me entediar. […]
atualizado
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Último dia de festival. último dia de levantar cedo, catar um sanduíche e chocolate quente na rua e correr pro primeiro filme. O primeiro filme do dia não estava na competição principal e chama “Dog Eat Dog”, com Nicolas Cage e Willem Dafoe. O filme começou divertido mas foi perdendo a graça até me entediar. A exaustão de ter visto tantos filmes não me dava paciência para continuar. Abandonei o filme no meio e voltei pro hotel.
Pedi uma taça de vinho no bar e fiquei esperando a hora do almoço. Às 15h começou “Elle”, filme de Paul Verhoeven e estrelado por Isabelle Huppert. UAU. Filme denso que tem como temática principal relacionamentos abusivos.
Michèle, que comanda uma empresa de sucesso no ramo de videogames, é estuprada dentro de casa e passa a desconfiar que seu agressor é um dos funcionários da empresa. É em torno da saga por descobrir a identidade de seu algoz que a história revela a personalidade de Michèle e sua relação problemática com os homens em sua vida.
Filme corajoso, mas difícil de processar. Eu gostei, mas causou perplexidade. Depois de “Elle” ainda tínhamos uma sessão de gala à 00:30h. Seria para o filme “Blood Father”, com Mel Gibson e Diego Luna, que foi jurado da Un Certain Regard. Jantamos hambúrguer e corremos para a fila de entrada.
Ao subir, pela última vez nesse ano de 2016, aquela escada com tapete vermelho, uma mistura de felicidade e nostalgia me pegou. O filme, em si, foi bobo. Um thriller sobre uma menina drogada que se mete com traficantes mexicanos e, ao causar problema pra máfia e ser jurada de morte, acaba pedindo socorro ao pai (Mel Gibson).
1:30h mais tarde, a mostra do 69º Festival de cinema de Cannes encontrou seu final.
Todo carnaval tem mesmo seu fim.