PCDF pressiona políticos por melhorias para a categoria
Em ofício enviado a representantes do Legislativo, o sindicato exige aumento do efetivo, compra de equipamentos, entre outras medidas
atualizado
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Não é de hoje que os policiais civis do Distrito Federal reclamam das condições de trabalho que são obrigados a lidar. Esse cenário motivou o sindicato da categoria a enviar, na última quinta-feira (2/6), um ofício a deputados distritais e federais, além de senadores, com as queixas apontadas pelos agentes.
Salários defasados, equipamentos em péssimas condições e pessoal abaixo do número necessário foram alguns dos itens abordados no documento. Em um trecho do comunicado, o Sinpol-DF destaca: “Ao longo dos últimos anos, a Polícia Civil vem sofrendo um sucateamento de material e de recursos humanos, que tem trazido consequências dramáticas para a população do DF e para as pessoas que diariamente circulam em nossas cidades”.
Rodrigo Franco, presidente do Sinpol, argumenta que até elementos essenciais para a atuação das forças de segurança estão em falta. “As armas têm apresentado falhas técnicas e aqueles coletes que ainda não passaram do prazo de validade estão prestes a vencer. Muitas vezes, os policiais precisam pagar coletes, uniformes e outros equipamentos do próprio bolso”, denuncia. Ele ainda revela que há falta de munição para os treinamentos e as viaturas em uso são inadequadas.
Em setembro do ano passado, o Metrópoles mostrou que apenas um terço dos policiais sai diariamente às ruas usando coletes à prova de balas em boas condições. O equipamento obrigatório de segurança não tem sido renovado pela corporação e cerca de 60% dos disponíveis estão vencidos desde 2012.
A situação se torna ainda mais caótica quando se considera o atual efetivo da PCDF. “Temos menos pessoal do que necessitamos. Essa defasagem sobrecarrega nossos policiais, causando problemas de estresse”, diz Franco.“A falta de reajustes, que, dentre todas as forças de segurança, somente os policiais civis do DF não receberam, diminuiu pela metade o poder de compra dos agentes”, concluiu o presidente da associação.