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“Não vamos acobertar nem esconder nada”, diz secretário de Segurança

Declaração de Edval de Oliveira Novaes Júnior foi dada nesta quinta (20/7), sobre caso do motorista da Caixa encontrado morto em cela de DP

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
de Oliveira Novaes Júnior, secretário de segurança
1 de 1 de Oliveira Novaes Júnior, secretário de segurança - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O secretário de Segurança Pública e da Paz Social, Edval de Oliveira Novaes Júnior, garantiu nesta quinta-feira (20/7) que o caso do motorista da Caixa Luís Cláudio Rodrigues, 48 anos, encontrado morto em uma cela da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), na última sexta-feira (14/7), será apurado com rigor. “Não vamos acobertar nem esconder nada. Queremos que tudo venha à tona da maneira como ocorreu”, afirmou, após receber representantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

O secretário disse que é cedo para tirar conclusões, mas admitiu que a apuração preliminar pode, eventualmente, vir com alguma incorreção. “A delegacia estava em pleno funcionamento, aberta ao público e com outras equipes que não só as de plantão. Temos inúmeras condições e fatores que possibilitam uma ampla análise e investigação daquilo que ocorreu”, completou. De acordo com ele, é preciso esperar a coleta dos depoimentos e os resultados dos laudos. Inicialmente, a polícia divulgou que se tratava de um suicídio.

Ao sair do encontro com o secretário, a deputada Erika Kokay (PT-DF), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, disse que vai pedir formalmente a reconstituição do fato para que todas as dúvidas apresentadas pela família de Luís Cláudio sejam exauridas.

Para a parlamentar, existem muitas contradições entre o que foi dito pela Polícia Civil. Como exemplo, cita o fato de o laudo preliminar não ter apontado lesões externas, o que é contestado pela família, que apresentou fotos do motorista com várias lesões: “Esse é um caso completamente inquietante. A necessidade de responder às dúvidas da família e da própria sociedade é fundamental. As contradições pulam”.

É incontestável que ocorreu violência no caso, mas ainda não sabemos em qual momento. Mas ela ocorreu e isso tem que ser esclarecido

Érika Kokay, deputada federal
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Além dos integrantes da comissão, participaram da reunião o diretor da Polícia Civil, Eric Seba, e o comandante-geral da PM, coronel Nunes.

Depoimentos
O Metrópoles apurou que a Corregedoria da Polícia Civil, responsável por investigar o caso, começou a ouvir todos os que tiveram contato com o homem no dia em que ele morreu. Os investigadores afirmaram que o laudo pericial não vai se restringir apenas à delegacia, mas que irão considerar todas as hipóteses e refazer o trajeto percorrido por Luís naquele dia. A polícia afirma que se trata de suicídio. Os familiares não acreditam na tese e falam em assassinato.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também vai acompanhar o caso. À reportagem, a assessoria de imprensa informou que, por enquanto, os promotores responsáveis aguardam as conclusões das investigações para se manifestar.

Imagens
Imagens do circuito interno de uma câmera de segurança fixada na rua flagraram o momento em que o carro dirigido por Luís envolveu-se em uma colisão com o automóvel do policial militar, por volta das 15h de sexta. Nas gravações, é possível ver que o sargento da Rotam aborda o motorista, o retira do carro e o leva até a calçada. A partir desse momento, uma árvore cobre a captação das imagens e não é possível saber o que aconteceu.

Em entrevista ao Metrópoles na terça-feira (18), o policial militar que abordou Luís Cláudio e acionou uma viatura para levá-lo preso disse que algemou, mas não agrediu o homem. Nesta quarta (19), ele reafirmou que em nenhum momento viu alguém bater na vítima. “O meu contato com a família foi tranquilo. Eles até me convidaram para uma feijoada na casa deles. Não sabemos de onde estão vindo tantas informações desencontradas”, afirmou o militar.

“A minha preocupação neste momento é de proteger a minha esposa e o meu filho. Tenho recebido ameaças pelas redes sociais, imprimi tudo e vou registrar o boletim na 13ª DP, onde tudo ocorreu. Eu não tive nenhuma culpa. Já havia saído da delegacia há duas horas quando o corpo foi encontrado na cela. Ele foi deixado no local, vivo e sem lesão”, argumentou.

Veja as ameaças e o carro do PM, após a batida:

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