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Sócio da Netpub é ouvido em processo de cassação contra Sandra Faraj

Filipe Nogueira manteve a versão dada ao MPDFT. O ex-chefe de gabinete de Sandra, Manoel Carneiro, recebeu o convite para depor nesta quinta

atualizado

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Suzano Almeida/Metrópoles
Corregedoria Oitiva
1 de 1 Corregedoria Oitiva - Foto: Suzano Almeida/Metrópoles

No mesmo dia em que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Polícia Civil estiveram na Câmara Legislativa para buscas e apreensões nos gabinetes da deputada distrital Sandra Faraj (SD), o ex-sócio da empresa Netpub Filipe Nogueira foi ouvido pela Corregedoria da Casa. As denúncias dele foram responsáveis pela operação desta quinta-feira (27/4) e são motivo do pedido de cassação que corre contra a parlamentar na Câmara. Nogueira afirma que prestou serviços para a deputada e não recebeu pelos serviços.

Filipe manteve a versão em que afirma ter entregado as notas com carimbo de “recebido”. Reiterou ainda que a deputada pedia o ressarcimento da verba indenizatória, mas não fazia os pagamentos para a Netpub. Ele rebateu a versão da defesa de Sandra Faraj, onde a parlamentar garante que retirava mensalmente recursos de sua conta, descontando cheques e pagava em espécie para a Netpub.

“Para que essa volta toda? Ninguém aqui é bobo. Se ela quisesse, era só dar um cheque nominal para a nossa empresa que eu mesmo descontaria”, afirmou Filipe, que disse ainda que muitos deputados pedem primeiro as notas com os carimbos de recebido e somente depois de receberem a verba indenizatória é que efetivam o pagamento aos prestadores de serviço.

O empresário disse ainda que durante sua contratação no gabinete de Sandra ele não era sócio da agência de publicidade, mas que a a esposa dele, Michelly Nogueira era a dona da Netpub, pois se conheciam da igreja Ministério da Fé.

À equipe da Corregedoria, o sócio da Netpub disse ainda que, apesar do caso ter vindo à tona apenas em fevereiro deste ano, as primeiras cobranças sobre a dívida de R$ 150 mil foram feitas oficialmente em julho de 2016, por meio de cartas registradas endereçadas ao protocolo da Casa.

As mesmas cartas foram motivo de divergências em relação a sua entrega. Filipe havia apresentado o protocolo dos Correios, porém a assessoria da Corregedoria questionou se ela realmente foi entregue, por não constar, aparentemente, no sistema da Câmara Legislativa.

Outro ponto questionado pelos técnicos foi o fato de Filipe só ter ido à Justiça contra a deputada às vésperas de sua exoneração, efetivada em 10 de fevereiro deste ano e publicada no dia 13. O sócio da Netpub disse que não sabia que seria exonerado e que só foi informado por um servidor da Câmara no dia da publicação da demissão. Ele acusou a parlamentar de ter ameaçado ele e membros de sua família por contas das cobranças

Corregedoria
O corregedor da Câmara Legislativa, deputado distrital Juarezão (PSB), considerou produtiva a oitiva de Filipe Nogueira para a elaboração do relatório que será levado à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. Segundo ele, foi possível sanar algumas dúvidas entre as versões de Sandra Faraj e do empresário.

“Precisamos ouvir todos os lados, pois não adianta apenas ler as defesas ou as acusações. Vamos sentar agora e ver se, dentro do tempo que ainda temos, vamos convidar mais alguém para falar sobre as denúncias”, explicou Juarezão.

Ainda nesta quinta-feira, Juarezão convidou o ex-chefe de gabinete de Sandra Faraj, Manoel Carneiro para depor na condição de testemunha. Carneiro será ouvido na próxima quarta-feira (3/5), às 11h.

Reprodução
Operação Heméra
Questionado sobre a Operação Heméra (deusa da mentira na mitologia grega), Filipe Nogueira disse que a ação do MPDFT e da Polícia Civil são desdobramentos de sua denúncia e que elas vão mais além. “Não é só o meu caso que eles estão investigando. Eles estão investigando casos na igreja e na Secretaria de Justiça”, declarou.

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