Rollemberg cobra apoio dos distritais: “A partir de agora, quem é da base é da base, e quem não for precisa deixar isso claro”
Em reunião na tarde desta terça (1°/3), o chefe do Executivo pediu colaboração para aprovar proposições como o Código de Obras e Edificações. Mas também fez um mea culpa no trato com os aliados e admitiu que errou em 2015
atualizado
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O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) convocou os 17 distritais da base aliada para dar um puxão de orelhas coletivo. E os 14 deputados que foram ao encontro na tarde desta terça-feira (1°/3), na Residência Oficial de Águas Claras, ouviram a cobrança: “A partir de agora, quem é da base é da base, e quem não for precisa deixar isso claro”, teria dito o socialista, segundo relatos de fontes que participaram da reunião.
Ao lado do secretário adjunto de Relações Institucionais e Sociais, Igor Tokarski, do assessor especial da Casa Civil José Flávio e do secretário de Transportes, Marcos Dantas, Rollemberg pediu apoio para a série de projetos que o GDF começa a enviar à Câmara Legislativa. A reunião durou das 13h às 15h.
Mea culpa
Antes de endurecer o discurso, Rollemberg fez um mea culpa aos presentes. Afirmou que 2015 foi um ano “de muitos erros” e que, nos próximos dias, chamará todos os distritais da base para conversar. Ele disse ainda que vai “dividir os espaços de forma equilibrada” e que fará reuniões periódicas com os parlamentares.
Rollemberg ainda comentou o racha com o grupo do distrital Raimundo Ribeiro (PSDB), que deixou a base após a demissão do secretário de Justiça, João Carlos Souto; do subsecretário do Sistema Penitenciário (Sesipe), João Carlos Lóssio; e do diretor da Penitenciária do DF I (PDF I), Mauro Cezar Lima. O trio caiu devido à maior fuga da história do Complexo Penitenciário da Papuda, em 21 de fevereiro. Segundo participantes da reunião, Rollemberg disse que não havia como manter o grupo no cargo, especialmente após as críticas públicas feitas à atuação da Polícia Militar no episódio.
Benefícios a professores
Entre os temas de autoria do Executivo, está o pedido de regulamentação dos auxílios transporte e alimentação para os professores temporários do DF. Como a Lei Complementar nº 840 prevê o pagamento dos benefícios somente para os efetivos, o projeto precisa ser aprovado pelos parlamentares para ser estendido a toda categoria. “O pagamento fez parte do acordo para acabarmos com a greve no fim de 2015. Era para ter começado a ser pago em novembro. Já estamos em março e agora o projeto foi para a Câmara”, argumentou o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Washington Dourado.
O polêmico Código de Obras e Edificações e a contratação de profissionais por meio de organizações sociais para a saúde também devem chegar às mãos dos parlamentares até o fim do mês. Rollemberg ainda pediu apoio para a apreciação da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), que deve ser encaminhada à Casa até julho.
A criação da Secretaria das Cidades, nova pasta projetada para coordenar as administrações regionais, também foi tema da reunião.