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CPI do Transporte convoca Sacha Reck

Advogado teria trabalhado como consultor para empresas de ônibus e para GDF durante licitação das linhas de transporte público

atualizado

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Foto: Renato Araújo/Agência Brasília
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Já tem data marcada o depoimento de Sacha Reck na CPI do Transporte da Câmara Legislativa: 1º de outubro. A convocação foi aprovada pelos integrantes da comissão nesta quinta-feira (10/9). O advogado é considerado pelos parlamentares peça-chave para esclarecer os pontos nebulosos que pairam sobre o processo de licitação do atual sistema de ônibus do Distrito Federal.

Pesa sobre Reck o fato de ter atuado como consultor do consórcio contratado para elaborar o projeto básico do processo licitatório. E, depois, como subcontratado pela Secretaria de Transporte para julgar os recursos apresentados pelas empresas por falhas no edital. Para o presidente da CPI, deputado Renato Bispo (PR), o depoimento de Sacha Reck será um dos mais importantes. “Ele está em todos os processos. Tinha informação privilegiada”, disse.

A CPI do Transporte não é o único problema de Reck. Seu escritório também está sendo investigado pela Operação Lava-Jato. O advogado teria prestado serviços para empresas envolvidas no pagamento de propinas.

A convocação foi o destaque do dia na CPI, já que o ex-diretor do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Marco Antônio Campanella, apresentou um atestado médico e não compareceu ao depoimento marcado. Com a ausência de Campanella, o ex-chefe da Unidade Especial de Gerenciamento do Programa (UEGP), da antiga Secretaria de Transportes, José Augusto Pinto, foi sabatinado pelos deputados por quase duas horas.

Filippelli
Na época da licitação, ele era responsável por contratar consultorias. José Augusto negou irregularidades no processo. Informou aos distritais que José Walter Vazquez e Galeno Furtado, ex-secretário de Transporte e presidente da Comissão de Licitação, respectivamente, estavam à frente da licitação. Ao ser questionado sobre encontros com o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), afirmou que foram vários, todos durante a implementação do sistema.

Esta não foi a primeira vez que o nome do presidente regional do PMDB foi citado na comissão. O ex-chefe da assessoria jurídica do DFTrans, Samuel Barbosa, já havia citado Filippelli, ao dizer que foi convocado para uma reunião na residência oficial do vice-governador após dar parecer contrário à participação da Pioneira na licitação do transporte público. O depoimento de Barbosa ocorreu na semana passada.

Relator da CPI, o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) ressaltou a necessidade de convocar o ex-vice-governador. Ricardo Vale (PT) se mostrou contrário à convocação. Não houve votação sobre a convocação de Filippelli, devido a ausência de Sandra Faraj (SD).

A oitiva desta quinta foi o 10º encontro desde o início da CPI, em maio deste ano. No final, Bispo Renato afirmou que o processo licitatório foi feito “para beneficiar alguns”. “Esse filho foi concebido para não crescer”, completou. Ricardo Vale discordou: “Não consigo ver irregularidade no processo”. Em 2012, o Governo do DF abriu licitação para mudar o sistema de transporte do DF no valor de R$ 7,8 bilhões. Cinco empresas venceram o processo para atuar em cinco bacias.

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