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Greve de aeronautas e aeroviários atrasa voos previstos para esta quarta (3/2), inclusive no JK

Paralisação foi das 6h às 8h. No período, 40 pousos e decolagens estavam previstos no terminal brasiliense

atualizado

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Fotos: Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 5aa2fb5b-7dfb-4e3c-afdb-7356cdcc225c - Foto: Fotos: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A paralisação dos aeroviários cancelou 21 voos e atrasou 39 dos 100 previstos para o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek na manhã desta quarta-feira (3/2). Estão previstas 201 movimentações aéreas até as 12h, sendo 101 pousos e 100 decolagens. A manifestação dos funcionários paralisou as atividades das 6h às 8h, porém deve prejudicar a operacionalização do terminal ao longo de todo o dia. O fluxo médio diário do aeroporto é de aproximadamente 54 mil passageiros.

A paralisação ocorreu nos aeroportos de Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Viracopos, Brasília, Santos Dumont (RJ), Galeão (RJ), Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Florianópolis, Curitiba e Salvador. A adesão foi de aeroviários (agente de check-in, auxiliar de serviços gerais, mecânicos de aeronaves, agente de bagagem, operador de equipamentos) e aeronautas (pilotos, copilotos, comissários, mecânicos e engenheiros de voo).

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que 80% dos trabalhadores do setor aéreo mantenham suas atividades a partir de quarta e durante o período de carnaval. Em caso de descumprimento da ordem, a multa diária será de R$ 100 mil.

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Reivindicações
As categorias rejeitaram a proposta das empresas aéreas, que previa reajuste parcelado e não retroativo à data-base (dia 1º de dezembro). Os trabalhadores reivindicam a aplicação do reajuste de 11% nos salários e benefícios, retroativo à data-base, que fará a recomposição das perdas inflacionárias nos salários.

Leonardo Souza, da Secretaria de Finanças do sindicato, ressalta que além do reajuste, os trabalhadores pedem melhores condições de trabalho. “É recorrente casos de fadiga devido à grande quantidade de voos noite a dentro”. De acordo com ele, “argumentar crise financeira para não dar o nosso aumento não justifica, uma vez que a diretoria das companhias tiveram reajuste de 50%”.

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), que representa as companhias TAM, Gol, Azul e Avianca, informou que apresentou seis propostas aos trabalhadores, mas todas foram recusadas.

A entidade argumenta que nos últimos dez anos as companhias aéreas promoveram o reajuste dos salários pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com índices acima da inflação, além de ganhos nas cláusulas sociais. A entidade diz que segue aberta às negociações para evitar transtornos aos passageiros.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está monitorando os impactos da paralisação. Segundo a Anac, é dever da empresa informar aos passageiros sobre atrasos e cancelamentos de voo e o motivo, além de oferecer facilidade de comunicação para atrasos superiores a uma hora; alimentação adequada para atrasos superiores a duas horas e acomodação em local adequado, traslado e, quando necessário, serviço de hospedagem, para atrasos superiores a quatro horas.

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Em Brasília
A estudante Caroline Ribeiro (foto), 23 anos, aproveitou uma promoção e comprou a passagem aérea para São Paulo por um valor abaixo do convencional. O que ela não esperava era que a pechincha custaria algumas horas de espera. “Cheguei aqui 4h30. Meu voo estava marcado para 5h50. Porém, com a greve, acabei sendo remanejada para o avião das 9h17”, lamentou.

A Inframerica, administradora do Aeroporto de Brasília, externou sua posição de respeito ao direito de manifestação democrática e pacífica dos aeronautas e aeroviários.

A concessionária, entretanto, destaca que “o exercício de tal direito deve observar a incolumidade da estrutura aeroportuária e não se sobrepor aos valores fundamentais, como o direito de ir e vir dos usuários e profissionais nas áreas do terminal, bem como o inegociável direito à segurança das operações aeroportuárias.”

No Brasil
Os aeroportos do Brasil registraram 36 voos atrasados entre 6h e 7h, todos eles domésticos, de acordo com informações da Infraero. Ao todo, a empresa contabilizou 297 movimentações domésticas entre meia noite e 7h, das quais 40 registraram algum tipo de atraso (13,5% do total) e 42 foram canceladas (14,1%). O aeroporto de Recife concentra o maior número de atrasos (10), enquanto o terminal de Congonhas (São Paulo) foi o principal contribuinte para os cancelamentos (12).

Entre os voos internacionais, não foram registrados atrasos ou cancelamentos em nenhum dos aeroportos entre meia-noite e 7h da manhã desta quarta.

Segundo a GRU Airport, administradora do aeroporto de Guarulhos, o terminal registrava, até as 7h, um voo cancelado e quatro atrasos. Já a BH Airport, concessionária do terminal de Confins, informa que o aeroporto contabilizava cinco voos atrasados.

Em nota, a TAM afirma que “está empenhada em mitigar ao máximo os impactos aos passageiros, alheios à sua vontade e, sobretudo, em oferecer o melhor atendimento diante da situação”. Já a Gol diz que a operação da empresa foi impactada, gerando alguns atrasos e cancelamentos. “A Gol ressalta que não está medindo esforços para normalizar a situação o quanto antes e vem adotando todas as medidas possíveis para minimizar os impactos aos seus clientes”, afirma a empresa por meio de nota. (Com informações da Agência Brasil e da Agência Estado).

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