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Preço do feijão-carioca dispara no DF e quilo chega a R$ 10

Produto teve aumento recorde nos últimos 12 meses, com alta de 23,7% somente em 2016. Preço foi influenciado por condições climáticas

atualizado

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Baked Beans
1 de 1 Baked Beans - Foto: iStock

O aumento no preço do feijão-carioca está pesando no bolso do brasiliense. Nos últimos 12 meses, o valor teve aumento de 43,61% no Distrito Federal – sendo 23,7% somente em 2016. O índice é superior à média nacional de inflação para o produto, que teve alta de 41,62% no mesmo período, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O pacote de 1kg do grão já ultrapassa R$ 10 na capital.

Caroline Bchara/MetrópolesA disparada do preço foi bastante influenciada pelo clima no DF. De acordo com o produtor Valtair Fernandes Cardoso, 57 anos, a primeira safra de seu feijão – plantada entre agosto e dezembro de 2015 e colhida entre janeiro e março deste ano – teve uma queda de 60% com relação à produção do ano passado. “Isso influencia bastante”, revelou Cardoso, que tem fazendas na DF-320 (próximo à Planaltina) e em Padre Bernardo (GO). 

“Nós sofremos com a seca e o Paraná (grande produtor de feijão), com a chuva. Por isso, o preço aumentou em todo o país”, explicou. E a expectativa é que o valor do pacote somente se normalize a partir de fevereiro do ano que vem.

A próxima safra é irrigada, mas estamos com um problema sério de falta de água em algumas regiões e isso deve manter os preços lá em cima. A situação só deve melhorar depois da colheita da lavoura plantada na época de chuva.

Valtair Fernandes Cardoso, produtor de feijão

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o feijão-carioca é o principal produto da primeira safra. A queda na produção nacional nessa época foi de 9% se comparada a do ano passado, afirma o gerente de Levantamento e Avaliação de Safra da Conab, Cleverton Santana.

“O problema da segunda safra (plantada de janeiro a março) foi a produtividade. Tivemos precipitações abaixo da média e altas temperaturas, o que afetou o índice em 9,6%”, avaliou Santana. “Mas não podemos dizer que o impacto no preço se deu apenas por isso”, ressaltou.

Caroline Bchara/Metrópoles
O engenheiro Luiz Carlos Machado substituiu a marca do feijão que comprava por conta do preço

Consumo
Os consumidores já estão em alerta com o aumento. O engenheiro Luiz Carlos Machado, 70 anos, começou a substituir a marca do feijão que comprava, justamente por estar muito cara.

“Coloquei no carrinho uma marca que não conheço. Na verdade, hoje a gente escolhe a menos cara, né? Já não é a mais barata”, destacou Machado.

“É um absurdo. Os preços têm aumentado muito de três meses para cá. É muito difícil abrir mão do arroz e do feijão, porque são alimentos básicos. O resto a gente dá um jeito”, declarou a professora aposentada Tânia Maria Kusel, 63 anos.

Repercussão
A alta do preço do feijão também invadiu as redes sociais nos últimos dias. Posts e memes foram publicados, alguns inclusive fazendo referências a programas do governo federal.

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