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Chuva deixa regiões do DF tomadas pela água e famílias desalojadas. Veja vídeos

Às 5h, cerca de 40 bombeiros foram mobilizados após córrego transbordar na Vila Cauhy. Moradores só poderão voltar às casas após vistoria da Defesa Civil

atualizado

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Fotos: Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 20160120024333 - Foto: Fotos: Rafaela Felicciano/Metrópoles

As chuvas que atingiram o Distrito Federal na madrugada desta quarta-feira (20/1) deixaram moradores desabrigados na Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante. O córrego Riacho Fundo subiu 1,5 metro e transbordou, deixando ao menos 60 residências alagadas, segundo o subsecretário de proteção da Defesa Civil, Sérgio Bezerra.

O córrego transbordou e a água invadiu as residências da região. Por volta das 8h, o volume de água já tinha voltado ao normal
O córrego transbordou e a água invadiu as residências da região. Por volta das 8h, o volume de água já tinha voltado ao normal

A Defesa Civil foi acionada e deve providenciar abrigo para as famílias atingidas pela água. O Corpo de Bombeiros trabalhou durante a manhã na remoção das pessoas que ainda estavam ilhadas. A energia do local teve de ser cortada para evitar acidentes.

Em uma das residências, funciona um centro de religão africana. No momento da enchente, havia nove adultos e cinco crianças no local. Todos foram resgatados em um bote dos bombeiros.

Até sexta-feira, a estrutura dos imóveis será avaliada para checar se há risco de desabamento. Caso as residências estejam seguras, as famílias devem poder voltar.

A secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar, foi ao local da inundação. Segundo ela, 60 lotes da Vila Cauhy foram atingidos ou estão em situação de risco e 53 famílias foram cadastradas para um plano de contingenciamento, já previsto pela Defesa Civil nesta época de chuvas.

Um posto do governo foi montado para que os moradores afetados possam fazer cadastro em programas de assistência. As famílias mais atingidas serão levadas a abrigos temporários, em escolas e creches. O posto deve permanecer no local pelo menos nas próximas 72 horas, período em que bombeiros e a Defesa Civil vão avaliar a situação das moradias. “Trabalharemos para fornecer condições estruturais, como aterramentos, para que as pessoas possam voltar a morar em suas casas”,  afirmou a secretária.

Segundo a Defesa Civil, até às 11h, ninguém havia pedido abrigo. Os moradores estão indo para a casa de parentes. Mas, caso alguém necessite, deve ser levado para o albergue de Taguatinga.

Cleudimar Sardinha, administrador do Núcleo Bandeirante, afirmou que não é a primeira vez que houve esse tipo de inundação. Segundo ele, há um esforço para conscientizar a população sobre o risco de ocupações próximas à margem do rio. Ele ainda informou que a administração fará um almoço para as famílias desalojadas, servido em uma igreja em frente ao ponto de apoio do governo.

Susto
Osana Figueiredo mora há mais de dez anos na vila e conta que é a segunda vez que teve bens destruídos pela chuva. “Acordei por volta das 6h assustada e chamei meus vizinhos. A água batia a cima do joelho. Perdi móveis, geladeira e fogão”, lamenta.

Josivaldo Silva (foto principal) é um dos sete moradores do lote de Osana. As casas ficam a 50 metros do córrego que transbordou. “Não sabemos para onde ir ou o que fazer. Estou desesperado”, conta. Por volta das 8h, os bombeiros afirmaram que o volume de água no córrego já tinha voltado ao normal.

O subsecretário de proteção da Defesa Civil, Sérgio Bezerra, alertou que a Vila Cauhy é uma das 36 áreas de risco do DF. “É uma região de vulnerabilidade muito grande. Uma ocupação de risco porque fica próximo ao córrego. Não é a primeira vez que isso ocorre aqui”, disse.

“É importante evitar que essas famílias tenham contato com a água, que é contaminada. Elas foram deslocadas para o nosso ponto de apoio aqui próximo para serem orientadas”, completa. Uma equipe da Defesa Civil vai visitar as casas para analisar se houve dano nas estruturas.

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O comandante do Corpo de Bombeiros Hamilton Santos também foi ao Núcleo Bandeirante. Disse que desde às 5h foram mobilizados 40 militares. Eles só sairão do local quando a situação for resolvida. “Retiramos as famílias e vamos prestar todo auxílio necessário para a Defesa Civil”, afirma.

Mais transtornos
Há registro, ainda, de alagamento no Recanto das Emas (vídeo), próximo à Ponte Alta. Segundo o Corpo de Bombeiros dezenas de lotes foram tomados pela água. A Defesa Civil também foi acionada. Em São Sebastião também há registro de alagamentos.

Em Águas Claras, os motoristas tiveram atenção redobrada. Em algumas vias, a água ultrapassou o meio-fio nas primeiras horas do dia. Em outros pontos era possível ver água jorrando na lateral da pista. Leitores informaram ainda que alguns viadutos de Taguatinga ficaram intransitáveis.

Queda de árvores
Próximo à entrada da 405/406 Sul, a queda de uma árvore interditou parcialmente a via. Os bombeiros atuaram no local para desobstruir a via.

CBMDF/Divulgação
Queda de árvore na 405/406, da Asa sul, ao lado do bloco B

Na Asa Norte uma árvore caiu devido as chuvas. Segundo os bombeiros, ela caiu no gramado, não houve vítimas e o local não compromete o trânsito. Homens da corporação voltarão ao local durante o dia para fazer a retirada da árvore.

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