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Marzuk, abençoado pelos sabores

A comida árabe é, sem dúvida, uma das mais ricas do mundo. Pelos ingredientes, temperos e sabores ímpares. A formação dessa cultura milenar passou por influências de vários povos que se mesclaram no quase-centro do mundo – pelo menos, do ponto de vista geográfico. E a história também fez com que seus descendentes, em determinados momentos, fizessem uma diáspora pelo mundo. Muitos desses colonos chegaram ao Brasil no século 20 e, rapidamente, se espalharam pelo país.

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Bárbara Cortez/Metrópoles
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A comida árabe é, sem dúvida, uma das mais ricas do mundo. Pelos ingredientes, temperos e sabores ímpares. A formação dessa cultura milenar passou por influências de vários povos que se mesclaram no quase-centro do mundo – pelo menos, do ponto de vista geográfico. E a história também fez com que seus descendentes, em determinados momentos, fizessem uma diáspora pelo planeta. Muitos desses colonos chegaram ao Brasil no século 20 e, rapidamente, se espalharam pelo país.

Sorte nossa, sorte de Brasília por ter recebido a família Cury, responsável pelas delícias do Marzuk Empório Árabe (a expressão significa “Abençoado por Deus”). As fotos do clã estão afixadas em pequenos quadros com molduras douradas na parede atrás do caixa. Trata-se de uma homenagem, uma forma carinhosa de celebrar a tradição e o caderninho de receitas da família, reproduzidas nas lojas da comercial da 106 Sul (na mesma asa, tem também uma loja no posto de gasolina da 413) e na 708/709 Norte.

Na loja da 106, decorada com motivos orientais, o primeiro convite ao deleite surge com a banquinha de pães sírios, feitos na casa, que podem ser torradinhos ou naturais. Os primeiros são crocantes e firmes; e os segundos, macios e tenros. Já pegue um ou dois saquinhos (R$ 9,90 cada um) para garantir o acompanhamento das pastinhas.

O segundo convite encontra-se no balcão de vidro, lotado de gostosuras. Quibes, húmus, tabule, berinjela em conserva, lagarto, esfirras, kaftas… e muito mais. Não sou dada a emoções baratas, tipo de novela, mas fico emocionada com aqueles tabuleiros cheios de sabor e tradição. Aí, faço as minhas escolhas, reúno os amigos e aproveito o momento. No Marzuk, não tem erro. Nunca comprei gato por lebre. E olha que a cidade ainda tem boa concorrência como o Lagash Mediterrâneo (112 Norte), o que eleva o padrão e dificulta a escolha dos clientes.

Uma vez ou outra, quando a vida permite uma pausa, paro ali para almoçar. O ritual se repete. Ao morder a kafta de cordeiro (R$ 9,90; a unidade), ela ocupa toda a boca e surpreende o paladar, pois o cordeiro tem personalidade marcante. Por isso, é a primeira coisa que como.

Peço também um charutinho de cada (com folhas de uva, repolho e couve). Todos ótimos! Os de repolho (R$ 4,90, 100g) tem um amargor característico do vegetal que combina super bem com o recheio de arroz, carne moída, manteiga clarificada e temperos.

Para completar o almoço no local, ainda peço o refrescante tabule (R$ 5,30, 100g), que segue a receita original, sem pepino. Isso é raro. E a mijadra (R$ 4,90, 100g), arroz parboilizado cebola fritinha e lentilhas, ótima pedida para renovar as energias para o fim do ano.

Impossível ir ao Marzuk ou sair de lá sem comer ou levar três coisas: o kibe, a esfirra de carne e a esfirra de escarola e castanhas – essa última, uma receita única na cidade. Não há lugar que tenha essa “fofura” de produto. Receita de família, como já ouvi de uma de suas atendentes.

O empório é completo. Além dos quitutes do balcão e da gôndola dos pães, a casa dispõe de um belo armazém com produtos árabes como tahine, molhos, doces típicos e água de rosas e de flor de laranjeira a preços médios. Na Asa Sul, onde mais frequento, na parte de trás, há mesinhas espalhadas para quem quiser comer por ali. O Marzuk ainda trabalha com encomendas e com eventos. Cardápio completíssimo!

Por último, uma pequena dor de cabeça. Por mais que as atendentes sejam simpáticas, há um certo bate-cabeça na hora de servir, um pouco de confusão para saber de quem é a vez para atender. Isso pode irritar os mais apressadinhos. Assim como a fila para pagar. Nota-se uma ligeira desorganização, principalmente, em horários de pico, em que as moças educadas se dividem em servir e cobrar. Nada que um ajuste não resolva.

Cortês sim; omissa, não.

DEVO IR?
De preferência, compre e leve para casa.

PONTO ALTO: 
O sabor e o frescor da comida.

PONTO FRACO: 
A desorganização no balcão e no pagamento.

106 Sul bloco B loja 31, 3443-0329

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