Um viva à aceitação. Pouco a pouco, a diversidade ganha espaço na moda
A tão esperada ruptura do padrão de beleza clássico europeu vem chegando. Ainda devagarinho, enfrentando rejeição por gente fechada ao novo. Mas vem chegando
atualizado
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Plus size no catálogo? Tá tendo. Trans na passarela? Tá, também. Modelo com vitiligo estampando catálogo mundial? Sim. Onda de meninas negras (e brancas com cabelos crespos) fazendo a transição capilar? An-han.
É isso, gente. Por fim, a tão esperada ruptura do padrão de beleza clássico europeu vem chegando. Ainda devagarinho, enfrentando rejeição por gente fechada ao novo. Mas vem chegando. Pouco a pouco vamos permitindo que o diverso ganhe espaço.
Passamos as duas últimas décadas esperando que o mundo da moda promovesse uma mudança de paradigma dando um fim à ditadura da magreza. Agora vemos as trans sacudindo tudo, ditando beleza e comportamento, fazendo uma verdadeira revolução nessa nossa sociedade tão careta e cheia de preconceitos. Na foto acima, você vê Camila Ribeiro, a modelo que mais se destacou na a última edição SPFW. Ela não gosta do título “modelo trans”, prefere simplesmente “modelo”.
Para quem está de fora, podem parecer simples escolhas estéticas, mas para quem enfrenta, esses são processos dolorosos de aceitação, que mexem com a autoestima e as inseguranças, para dizer o mínimo. Trans, crespas e gordas travam uma batalha diária de julgamentos e resistência social.
Quem já ouviu o termo gordofobia? Ou transfobia? E nem precisamos citar o racismo, tão em evidência em era de redes sociais. “Podia fazer uma dieta”, “Aonde essa vai com esse cabelo?”, “E essa sapatona, que agora resolveu ser macho?”. Imaginem passar por isso TODOS os dias!
Então por isso é tão importante olhar para essas pequenas conquistas que o mercado vem promovendo (ainda que a passos lentos) e apoiar. Maravilhoso vivenciar o mundo mudando, ver regras infundadas serem quebradas, liberdade ser ganha. Não saímos todos da mesma forma. Aceitar e admirar isso é evolução.