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“Toda noite grito por Deus”, diz assassino da violonista Mayara

Luís Alberto Bastos Barbosa, de 29 anos, admitiu ter desferido os golpes de martelo que mataram a jovem

atualizado

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Reprodução/ Arquivo Pessoal
Mayara Amaral
1 de 1 Mayara Amaral - Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal

Em entrevista à revista Veja, o assassino confesso da violonista Mayara Amaral, de 27 anos, disse que não tem religião mas, na cela onde está preso em Campo Grande (MS), grita todas as noites por Deus.

Luís Alberto Bastos Barbosa, de 29 anos, admitiu que foi ele quem desferiu os golpes de martelo que mataram a jovem, em um crime que chocou o Brasil.

“Fui movido pelo ódio, porque tínhamos discutido e ela debochou da minha namorada. Chamei-a de vagabunda e ela me bateu. Tive um ataque de fúria, tinha bebido e cheirado. Depois que tudo aconteceu, chorei por mais de duas horas seguidas.”

O crime aconteceu no dia 24 de julho. Mayara e Luís Alberto, que estavam se encontrando havia três meses, decidiram se ver por volta das 22h e foram para um motel. Porém, no dia seguinte, o corpo dela — carbonizado e com marcas de perfurações na cabeça — foi encontrado às margens de uma rodovia.

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Preso, o técnico em informática primeiro deu uma versão no qual acusava um amigo, Ronaldo da Silva Olmedo, conhecido como Cachorrão, de ter sido o autor dos golpes. Contudo, a Polícia Civil não encontrou digitais de Ronaldo no motel, descartando a participação de uma terceira pessoa no local do crime.

Acesso de fúria

À revista, Luís Alberto atribuiu o acesso de raiva que fez com que ele matasse a jovem à combinação de álcool e cocaína. Sobre o martelo usado no crime, ele afirma que, por ser usuário de drogas, usava o objeto para se defender quando ia até as “quebradas” comprar os entorpecentes.

Depois de assassinar Mayara, o homem limpou o sangue do quarto, deixou o motel e tentou enterrar o corpo dela em um terreno baldio próximo à casa onde vivia. Ao notar que não conseguiria fazer o cadáver ficar totalmente coberto, decidiu comprar 5 litros de álcool em um posto de combustíveis e ateou foto ao corpo de Mayara.

No mesmo dia, se passou pela violinista ao falar com a mãe dela pelo celular. “Ele disse que vai me matar, estou com medo”, escreveu Luís, tentando criar suspeitas em relação ao tatuador Fabio Gonzalez, com quem, segundo a polícia, a jovem se relacionava.

Agora, Luís Alberto pede desculpas à família de Mayara. “Por mais que ninguém vá acreditar, eu gostava dela. Minha vida está destruída. Eu ia me casar, estava procurando casa, dei entrada para sacar o FGTS. Agora, não sei o que será de mim”. Ele diz que tentou incriminar o amigo por achar que isso faria sua pena ser menor.

“Resolvi contar toda a verdade e enfrentar o que vem pela frente. Cometi um erro grave e quero pagar por ele. Quando fecho os olhos, vem a imagem da Mayara e o momento do crime. Não tenho religião, mas, à noite, na cela, eu grito por Deus.”.

Em um post no Facebook, compartilhado mais de 30 mil vezes, a irmã de Mayara desabafou sobre o crime.

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