metropoles.com

Relator dá parecer a favor de denúncia contra Michel Temer

Na sequência, o texto seguirá para apreciação no plenário da Casa, ainda sem data definida. Presidente é acusado pela PGR por corrupção

atualizado

Compartilhar notícia

Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles
relator
1 de 1 relator - Foto: Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles

O relator da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), leu seu parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na tarde desta segunda-feira (10/7). Segundo Zveiter há indícios suficientes para a tramitação da denúncia de corrupção passiva. “Recomendo o deferimento da autorização, com a tranquilidade de que esse caminho não representa qualquer risco ao estado democrático de direito”, confirma Zveiter. Alguns deputados aplaudiram.

Depois que o relator proferiu a sua avaliação, houve bate-boca entre os deputados. A palavra foi concedida ao advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, e durante mais de 50 minutos ele recomendou que a denúncia não fosse aceita. O advogado disse que a gravação foi “covarde” e teve “objetivos políticos”.

Parecer do deputado Sergio Zveiter sobre a acusação de Michel Temer by Metropoles on Scribd

O parecer (veja acima) precisa ser aprovado por pelo menos 34 parlamentares. É provável que o debate se estenda e haja um pedido de vista coletivo. Aprovado na CCJ, o texto seguirá para apreciação no plenário da Casa, ainda sem data definida.

O rito desta tarde faz parte do procedimento para aceitação ou não da denúncia do presidente Michel Temer, acusado de corrupção passiva. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Temer seria o remetente de uma mala com R$ 500 mil em propina. A quantia seria parte de um acordo do presidente com o empresário Joesley Batista, da JBS.

Protesto
Enquanto o relator Sergio Zveiter proferia o seu parecer, do lado de fora da CCJ manifestantes gritavam “Fora Temer”.

Tumulto na sessão
Houve bate-boca desde o início da sessão por causa da leitura da ata da sessão anterior e das trocas de membros da CCJ às vésperas da sessão. O deputado Delegado Waldir (PR-GO), inclusive, foi retirado da comissão por seu partido, porque gritava chamando a legenda de “vendida” e “cambada de bandido”. Ele retornou e criticou o que classificou como “interferência” do governo federal no poder legislativo, pedindo sua retirada da CCJ.

Quando o deputado Major Olímpio (SD-SP) questionou, em questão de ordem, a troca de membros, também houve confusão. Ele gritou e recebeu vaias dos colegas de Casa.

0

Mais cedo, o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), apresentou suas decisões sobre requerimentos apresentados à comissão e respostas a questões de ordem.

Pacheco rejeitou requerimento que pedia a presença do ministro da Justiça Torquato Jardim. O presidente da comissão também indeferiu solicitação para convocar o ex-ministro da Secretaria-Geral de governo Geddel Vieira Lima — que está preso.

O PR trocou quatro de seus cinco integrantes titulares na CCJ. Foram retirados da lista os deputados Delegado Waldir (PR-GO), Jorginho Mello (PR-SC), Marcelo Delaroli (PR-RJ) e Paulo Freire (PR-SP). Nas vagas deles, entraram Bilac Pinto (PR-MG), Laerte Bessa (PR-DF), Magda Mofatto (PR-GO) e Milton Monti (PR-SP).

Nesta segunda, foram efetivadas outras três alterações de titulares da CCJ. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos principais defensores do governo Temer, entrou no lugar de José Fogaça (PMDB-RS), que passou para a suplência.

Tramitação
A partir desta quarta-feira (12), os integrantes da comissão devem começar a fase de debates em torno do parecer. A expectativa é de que a discussão se estenda por mais de 40 horas, já que a presidência da comissão permitiu que todos os 66 integrantes e seus respectivos suplentes tenham direito à fala por até 15 minutos.

Há a possibilidade também de que até 40 deputados não integrantes, 20 contrários e 20 favoráveis ao processo, se manifestem por até 10 minutos cada. A lista de inscrição para os oradores será aberta meia hora antes da sessão de quarta-feira. A presidência do colegiado já adiantou que os trabalhos da comissão não vão se estender pela madrugada.

Até o momento, ainda não foi definida data para votação do parecer pelo colegiado. Mas, de acordo como Regimento Interno da Câmara, a comissão deve encerrar a tramitação da denúncia no prazo de até cinco sessões contadas a partir da entrega da defesa escrita de Temer, ocorrida em 5 de julho. Na sexta-feira (7), os deputados governistas garantiram quórum no plenário com o objetivo de acelerar o processo, contando o prazo de uma das cinco sessões. (Com informações da Agência Brasil)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?