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Prisão de Delcídio foi fulminante, chegou o momento de ouvi-lo, diz Renan Calheiros

O presidente do Senado afirmou esperar que João Santana dê todos os esclarecimentos e preste um “depoimento convincente” às autoridades

atualizado

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Jane de Araújo/ Agência Senado
Renan Calheiros
1 de 1 Renan Calheiros - Foto: Jane de Araújo/ Agência Senado

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (23/2) que o episódio que levou à prisão e soltura do senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi tão “fulminante” que chegou o momento de ouvi-lo. Delcídio, solto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira (19), ainda não retomou as atividades parlamentares. Ele responde a um processo por quebra de decoro parlamentar sob a acusação de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

“O senador Delcídio vai exercer o mandato de senador na sua plenitude, na forma da Constituição. O que ele vai falar ou não vai falar é foro íntimo. Quando o Supremo decidiu a primeira vez, nós chancelamos. Agora novamente nós vamos chancelar a decisão do Supremo e ele exercerá o mandato. Acho que essa coisa foi tão rápida e tão fulminante, que ele não falou. Talvez é um caso raro de alguém que não falou. Então é hora de o Senado ouvi-lo e saber o que ele tem a dizer”, disse o peemedebista, em entrevista.

Renan sinalizou que, até um eventual pronunciamento de Delcídio, não tomará qualquer decisão para impedir que retome suas funções. Ele, por exemplo, não fez a leitura em plenário do pedido feito pelo PT na semana passada para substituí-lo como integrante da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), da qual é presidente. “Se Delcídio vai falar, continuar na CAE ou não, vai depender dele”, disse. 

João Santana
O presidente do Senado também disse esperar que João Santana – marqueteiro responsável pelas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff preso nesta manhã na Operação Lava Jato – dê todos os esclarecimentos e preste um “depoimento convincente” às autoridades. “É provável que alguém que fez campanha em tantos países tenha tomado a precaução jurídica necessária porque a qualquer momento, ele sabe, pode ser questionado”, comentou Renan.

O peemedebista não quis antecipar quais desdobramentos da decisão para o mandato da presidente, alvo de um processo de impeachment na Câmara e de ações que visam a cassar a chapa formada por ela e pelo vice Michel Temer. Defendeu apenas que Santana faça um depoimento esclarecedor, o que será bom para a democracia.

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