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Apesar de derrota na comissão, governo acredita em vitória no plenário

Por uma diferença de 11 votos, a comissão especial do impeachment aprovou o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO)

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Comissão do Impeachment
1 de 1 Comissão do Impeachment - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Apesar da aprovação do parecer favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na comissão especial da Câmara, deputados da base aliada analisaram o placar da votação como positivo. Segundo os governistas, se a proporção de votos na comissão se repetir no plenário da Casa, a denúncia contra Dilma será arquivada.

“Essa proporção não dá impeachment. Não significa que está garantido [o arquivamento da denúncia] mas eles [oposição] estão, eu diria, exagerando na comemoração”, disse o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à Agência Brasil logo após o desfecho da votação na comissão especial.

Por uma diferença de 11 votos, a comissão especial do impeachment aprovou o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pelo prosseguimento da denúncia contra Dilma. Pelo placar 38 a 27, 58,46% dos titulares da comissão votaram pela abertura de impeachment. Para que o processo de afastamento seja aprovado no plenário da Câmara são necessários votos favoráveis de 66,6% dos 513 deputados.

“É claro que perdemos, óbvio. O que estou fazendo referência é que essa proporcionalidade não garante o impeachment. E a comissão foi uma indicação absolutamente controlada [dos líderes], diferentemente do que é o plenário e, mesmo assim, tivemos votos contra o impeachment”, acrescentou Chinaglia.

Para o líder do Psol, Ivan Valente (SP), a oposição saiu frustrada da votação, apesar da vitória. “Eles criaram uma expectativa muito alta, para mais de 40 votos, e não atingiram. É um resultado que, proporcionalmente, não materializa o impeachment no plenário”, disse.

Para o deputado, dois fatores principais influenciaram a votação na comissão: a pesquisa DataFolha divulgada no último sábado (9), que mostra que a maioria dos entrevistados é favorável tanto ao impeachment de Dilma como do vice-presidente da República, Michel Temer; e o vazamento do áudio em que Temer apresenta propostas que pretende discutir, caso assuma o governo, mesmo antes da votação do impeachment.

“Acho que foi um desgaste muito grande para as propostas de impeachment. Vai haver muita luta ainda”, disse Valente. O petista José Mentor (SP) também reforçou a tese de que a repetição proporcional do placar da comissão no plenário não garante a admissibilidade do processo.

“Essa é uma sinalização. As pessoas estão vendo, estão conversando, [mas no plenário] a relação é outra. Eles não fizeram a conta ainda”, disse Mentor em relação à comemoração dos parlamentares oposicionistas.

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