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Jean Wyllys cospe em Jair Bolsonaro durante votação do impeachment

Houve princípio de confusão e os dois deputados quase foram às vias de fato

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
jair bolsonaro, jean wyllys
1 de 1 jair bolsonaro, jean wyllys - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O clima ficou quente no plenário da Câmara dos Deputados neste domingo (17/4), quando o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) deu uma cusparada em Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Os dois quase foram às vias de fato. Um grupo de parlamentares interviu e separou a confusão (foto de destaque).

Após o incidente, Jean Wyllys disse que o fato de Bolsonaro ser “racista” e “defender torturadores” deveria escandalizar mais do que “um cuspe na cara de um canalha”. “Na hora em que fui votar esse canalha (Bolsonaro) decidiu me insultar na saída e tentar agarra meu braço. Ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando ouvi o insulto eu devolvi, cuspi na cara dele que é o que ele merece”, explicou Wyllys.

Indagado se teria sido se arrependido do gesto, ele respondeu: “De jeito nenhum. Eu cuspiria na cara dele quantas vezes eu quisesse e quantas vezes tivesse vontade”.

Em resposta, Jair Bolsonaro foi curto e grosso: “Cuspiu sim e o cheiro é ruim”.

 

Por serem do mesmo estado, os dois votaram no mesmo bloco. Em seu discurso, Bolsonaro enalteceu o ex-chefe de um dos órgãos de repressão da ditadura militar. “Perderam em 1964, perderam agora em 2016”, disse, fazendo uma referência ao golpe militar. “Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, o meu voto é sim”, defendeu Bolsonaro.

Ele parabenizou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dizendo que “ele entrará para a história”. Já o deputado Jean Wyllys disse estar “constrangido” de participar de uma “eleição indireta, conduzida por um ladrão, urdida por um traidor conspirador e apoiada por torturadores covardes, analfabetos políticos e vendidos. Uma farsa sexista”.

“Boiola”
Em seu Facebook, depois do episódio, Jean Wyllys disse que Bolsonaro o chamou de “veado”, “queima-rosca”, “boiola” e outras ofensas homofóbicas. “E tentou agarrar meu braço violentamente na saída. Eu reagi cuspindo no fascista. Não vou negar e nem me envergonhar disso. É o mínimo que merece um deputado que dedica seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar”.

E continuou: “Ele cospe diariamente nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Ele cospe diariamente na democracia. Ele usa a violência física contra seus colegas na Câmara, chamou uma deputada de vagabunda e ameaçou  estuprá-la. Ele cospe o tempo todo nos direitos humanos, na liberdade e na dignidade de milhões de pessoas. Eu não saí do armário para o orgulho para ficar quieto ou com medo desse canalha.”

À noite, Bolsonaro gravou um vídeo no qual comenta o cuspe que levou. Segundo o deputado do PSC, Wyllys “perdeu a noção” e “precisa se submeter a um tratamento psicológico”.

Veja vídeo:

(Com informações da Agência Estado)

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