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Médico se aposenta, mas continua visitando paciente em coma há 17 anos

“Depois de tantos anos me dedicando a cuidar dela, mesmo como médico, a gente acaba criando um laço de afetividade”, disse ele

atualizado

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Reprodução/ TV Gazeta
clarinha
1 de 1 clarinha - Foto: Reprodução/ TV Gazeta

Por estar em coma há 17 anos, “Clarinha” pode até não perceber, mas o médico responsável pelos seus cuidados continua a visitá-la mesmo depois de ter se aposentado.

O coronel Potratz, que tomou conta de Clarinha desde que ela foi atropelada no dia 12 de junho de 2000, mantém as esperanças de que algum parente ainda tente encontrar a jovem. Ela não portava nenhuma identificação no momento em que foi socorrida e levada ao Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória (ES).

“Depois de tantos anos me dedicando a cuidar dela, mesmo como médico, a gente acaba criando um laço de afetividade. E essa história me marcou muito, pelos aprendizados que eu tive durante essa jornada, e pela situação da própria Clarinha, que ainda está indefinida. Ainda não achamos a família dela, mas continuamos com esperança”, disse o médico ao G1.

Procura

Apesar de mais de 100 pessoas de diversos lugares do país já terem procurado o Ministério Público reclamando pela mulher, ela segue sem identificação. Ainda assim, ganhou um parente amoroso nos cuidados do dr. Potratz.

“Eu estava até explicando para ele que às vezes ela tem febre, porque sente a falta dele, porque toda manhã era ‘bom dia, Clarinha’”, explicou a enfermeira Neide Lopes. A equipe que acompanha a paciente acredita que ela tenha por volta de 38 anos e, pelas marcas de cesária, que tenha um filho. Isso faz com que a determinação do médico em encontrar a família dela fique ainda mais forte.

“Com certeza vou manter um elo com essa família que por ventura a gente possa identificar, no sentido de continuar ajudando, mesmo que seja a distância, mas continuar participando da vida dela, até como médico, poder visitá-la e ter uma interação, já que a gente criou um vínculo de afetividade muito grande”, contou Potratz.

 

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