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Em blog, figurinista afirma que foi assediada pelo ator José Mayer

“Sim, ele colocou a mão na minha buceta e ainda disse que esse era seu desejo antigo”, disse ela, em um texto contundente

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1 de 1 josemayer - Foto: Reprodução

Em um texto contundente escrito para o blog #AgoraÉQueSãoElas, do jornal Folha de São Paulo, a figurinista Susllem Meneguzzi Tonani afirma que foi assediada pelo ator José Mayer.

No relato, ela conta como chegou no Rio de Janeiro, há 5 anos, em busca de seus sonhos profissionais e, há 8 meses, encontrou no ator um algoz. “Essa história de violência se iniciou com um simples elogio: ‘como você é bonita’. Trabalhando de segunda a sábado, lidar com José Mayer era rotineiro. E com ele vinham seus ‘elogios’. Desde: ‘como você se veste bem’, até: ‘como a sua cintura é fina’, ‘fico olhando a sua bundinha e imaginando seu peitinho’, ‘você nunca vai dar para mim?'”, relata.

Susllem continua sua história lembrando o quanto muitas mulheres são taxadas de loucas quando denunciam assédio. “Quantas vezes vamos deixar passar, constrangidas e enojadas, essas ações machistas, elitistas, sexistas e maldosas?” De acordo com ela, foram meses escapando das investidas do ator, conhecido por seus papéis de conquistador nas novelas.

Abuso

“Uma vez lhe disse: ‘você é mais velho que o meu pai. Você tem uma filha da minha idade. Você gostaria que alguém tratasse assim a sua filha?'” Apesar disso, ela garante, ele não se deteve. Em fevereiro deste ano, Susllem conta que o assédio chegou ao ponto do contato físico, quando José Mayer tocou sua genitália.

“Sim, ele colocou a mão na minha buceta e ainda disse que esse era seu desejo antigo. (…) Senti desespero, nojo, arrependimento de estar ali. Não havia cumplicidade, sororidade”, conta. No entanto, achava que ele havia chegado ao limite. Porém, a figurinista garante que Mayer tentou novamente tocar sua vagina, em um set de filmagem com outras 30 pessoas. Diante da negativa, ele a teria xingado de “vaca”.

Apesar de afirmar ter procurado todas as instâncias, inclusive o setor de RH da TV Globo, a mulher acredita que nada vai mudar. “Sinto no peito uma culpa imensa por não ter tomado medidas sérias e árduas antes, sinto um arrependimento violento por ter me calado, me odeio por todas as vezes em que, constrangida, lidei com o assédio com um sorriso amarelo.”

Susllem teme, agora, que sua carreira tenha acabado. Mesmo assim, segue repetindo para si mesma: “a culpa não foi minha. A culpa nunca é da vítima.”

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