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Governo vê maior avanço do PIB em 2018 e 2019

O Ministério da Fazenda projeta que a economia brasileira poderá entrar 2019 com crescimento de 3,5%

atualizado

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Henrique Meirelles
1 de 1 Henrique Meirelles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Depois da divulgação nos últimos dias de uma série de indicadores favoráveis, a equipe econômica começa a rever os dados de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2018 e 2019. O Ministério da Fazenda conta que a economia brasileira poderá entrar 2019 com um crescimento de 3,5% no primeiro ano do sucessor do presidente Michel Temer (PMDB-SP), segundo informou à reportagem um integrante da equipe.

Até então a previsão era de uma expansão de 2,5% da economia em 2019.

Em 2018, a expectativa é a de que a atividade econômica esteja rodando em um ritmo de 3%, acima da projeção oficial de 2% que consta na proposta de Orçamento enviada semana passada ao Congresso Nacional.

A avaliação é que os números mais favoráveis do PIB serão um fator importante a contribuir para melhorar as contas públicas, com reflexo positivo na arrecadação. Apesar dos déficits robustos previstos para 2017 e 2018 (R$ 159 bilhões), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e sua equipe avaliam que não há risco desse quadro abortar o cenário de recuperação.

A queda dos juros, anunciada na quarta-feira (6) pelo Banco Central, também joga a favor do quadro fiscal.

A revisão para cima das previsões de PIB pelos analistas do mercado reforçaram o quadro mais favorável. O Bank of America Merrill Lynch dobrou, também na quarta-feira, a previsão de alta do PIB de 1,5% para 3% em 2018. Se espera novas revisões.

Meirelles já adiantou que vai revisar a previsão de alta do PIB de 2017, que está hoje em 0,5%. Segundo ele, “os números estão muito fortes”. A revisão das previsões de 2018 e 2019 poderá ser incluída durante as negociações no Congresso da lei orçamentária.

Otimismo
Nos últimos dias, Meirelles tem procurado afastar o ceticismo com a política fiscal, que marcou os últimos meses desde a delação premiada da JBS envolvendo Temer, e ganhou força com a mudança das metas fiscais de 2017 e 2018. Ele tem rebatido todas as avaliações que apontam que o Brasil vive uma situação de crise fiscal com graves consequências para a trajetória de dívida bruta do governo.

A interlocutores, o ministro aponta os preços dos ativos e a queda do risco Brasil, medido pelos contratos de CDS, instrumento que protege os investidores do risco de calote.

O clima na equipe econômica é um misto de otimismo com cautela. O otimismo cresceu com a aprovação no Congresso dos projetos que alteram as metas fiscais e cria a Taxa de Longo Prazo (TLP).

Privatização
O anúncio das privatizações também animou os investidores e deu combustível extra para o ambiente mais favorável. A reviravolta na delação de Joesley Batista pela Procuradoria-Geral da República (PGR) também dá fôlego, na avaliação da equipe econômica, para a retomada da agenda de reformas.

Dois indicadores foram especialmente comemorados pela área econômica, o crescimento da produção de veículos e a inflação mais baixa, recuando para 2,46% em 12 meses até agosto.

“Inflação mais baixa, redução de juros e maior estabilidade da economia abriram espaço para as famílias consumirem mais”, postou o ministro Meirelles na sua conta no Twitter. “Além disso, a produção de veículos cresceu 45% em agosto de 2017 em relação a agosto de 2016”, acrescentou.

Apesar do quadro econômico menos nebuloso do que há dois meses, o que não se quer no momento é passar uma imagem de otimismo excessivo para não atrapalhar a agenda de reformas que precisa avançar, principalmente a da Previdência.

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