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Intestino saudável beneficia tratamento contra câncer, diz estudo

Pesquisa publicada na revista Nature Medicine mostra que a presença de 3 bactérias no intestino foi associada à melhor resposta imune

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Intestino
1 de 1 Intestino - Foto: Peter Dazeley/Getty Images

Ter um intestino saudável pode ser um dos fatores mais importantes para o sucesso de tratamentos contra o câncer. A informação vem de uma grande pesquisa que relacionou a qualidade do microbioma intestinal com a resposta à imunoterapia contra melanoma apresentada pelos voluntários.

Atualmente, menos de 50% dos pacientes respondem positivamente à imunoterapia para o tratamento de melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. A taxa expõe a necessidade de encontrar estratégias para aumentar o número de respostas positivas.

De acordo com o estudo publicado nessa segunda-feira (28/2), na revista Nature Medicine, “compreender as características do microbioma pode permitir que os médicos alterem o microbioma de um paciente antes de iniciar o tratamento”.

Os pesquisadores reuniram uma grande quantidade de pacientes com melanoma e amostras de microbioma intestinal de cinco centros clínicos no Reino Unido, Holanda e Espanha. Com esses dados foi possível fazer um estudo metagenômico em larga escala, com o sequenciamento do microbioma intestinal, para investigar a associação entre a composição e a função do microbioma intestinal e a resposta à imunoterapia.

A presença de três tipos de bactérias no intestinoBifidobacterium pseudocatenulatum, Roseburia spp. e Akkermansia muciniphila – foi associada à melhor resposta imune. O conjunto de microrganismos que vivem no intestino pode ser alterado com mudanças simples na dieta, com a ingestão de probióticos, por exemplo. Essa mudança, por sua vez, modifica a ação do microbioma no sistema imunológico.

“Este estudo mostra que as chances de sobrevivência com base em micróbios saudáveis ​​quase dobraram entre os subgrupos”, afirmou o professor Tim Spector, da School of Life Course & Population Sciences, na King’s College London.

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O estudo mostrou também que o próprio microbioma é fortemente influenciado por fatores como a dieta seguida pelo paciente, a constituição física dele e o uso de medicamentos que inibem a enzima H+/K+-ATPase no estômago (inibidores da bomba de prótons).

“O objetivo final é identificar quais recursos específicos do microbioma estão influenciando diretamente os benefícios clínicos da imunoterapia para explorar esses recursos em novas abordagens personalizadas. Enquanto isso, este estudo destaca o impacto potencial de uma boa dieta e saúde intestinal nas chances de sobrevivência em pacientes submetidos à imunoterapia”, disse Spector.

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