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Dengue: sintomas e o que fazer quando as plaquetas estão baixas

Infectologistas explicam que fraqueza intensa, hematomas e pontos vermelhos na pele podem aparecer por conta da redução de plaquetas

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A infecção causada pela picada do mosquito Aedes aegypti provoca algumas reações no organismo do paciente — uma delas é a queda de plaquetas. Elas são células responsáveis pela coagulação do sangue, o que as torna importantes para impedir hemorragias, por exemplo.

Segundo a infectologista Joana D’arc Gonçalves, de Brasília, as plaquetas normais de um adulto devem estar entre 130 e 450 mil por milímetro cúbico, e as das crianças, de 140 a 500 mil. Caso o índice fique abaixo de 140 mil, o quadro é identificado como plaquetopenia.

“Se os níveis estiverem muito baixos e houver risco de sangramento, uma transfusão pode ser necessária. Fique atento a sintomas como fraqueza intensa, hematomas, pontos vermelhos na pele, sangramento nas gengivas ou nariz e menstruação abundante. Esses sinais podem indicar plaquetopenia”, destaca Joana. O infectologista Werciley Júnior acrescenta que o paciente pode perceber sangramento ao urinar.

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Em casos graves, pode ser necessária uma transfusão de plaquetas — porém, o procedimento é recomendado apenas se houver sangramento e o número de plaquetas estiver em nível crítico, abaixo de 20 mil.

A dengue reduz as plaquetas porque o sistema imunológico produz anticorpos que se ligam a elas, levando à sua destruição precoce. Elas geralmente voltam ao normal conforme a pessoa se recupera, com hidratação, repouso e alimentação saudável”, afirma Júnior, chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia.

Como aumentar as plaquetas

Ainda não existe um tratamento específico para a dengue e, por isso, a recuperação da infecção é feita a partir de hidratação e repouso. O uso de qualquer medicamento sem prescrição médica deve ser evitado.

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O perigo da automedicação em pessoas com dengue é que remédios à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno e o naproxeno, diminuem a capacidade de coagulação — o que a doença também faz. Unindo os efeitos, existe uma maior chance de ter dengue hemorrágica.

“A lógica é a mesma para aumentar o número de plaquetas. Ainda não existe um remédio específico ou uma receita caseira para fazê-las voltar ao normal”, aponta o infectologista.

No entanto, Joana afirma que existem alimentos capazes de estimular a produção de plaquetas. Opções ricas em vitaminas como K, B12, ácido fólico e ômega 3 pode ajudar na recuperação. Bons exemplos de comidas cheias destes nutrientes são brócolis, couve, ovos, carnes, laticínios e peixes.

No mês de janeiro, o Distrito Federal registrou quase 30 mil casos prováveis e seis mortes provocadas pela dengue. A Secretaria da Saúde do DF investiga outras 24 óbitos decorrentes da doença.

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