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“Relógio do juízo final” diz que o mundo está próximo do fim. Entenda

Os ponteiros do relógio foram redefinidos e agora marcam 90 segundos para meia-noite, o mais próximo do fim do mundo desde a sua criação

atualizado

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Divulgação/Bulletin of the Atomic Scientists
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1 de 1 DDC5 Attributable to Jamie Christiani_Bulletin of the Atomic Scientists - Foto: Divulgação/Bulletin of the Atomic Scientists

Nessa terça-feira (24/1), os renomados cientistas nucleares do Bulletin of the Atomic Scientists redefiniram o “Relógio do Juízo Final” em 90 segundos para a meia-noite, e alertaram que o mundo nunca esteve tão próximo do fim.

A lógica do relógio é simples: quanto mais próximos estiverem os ponteiros da meia-noite, maior o risco que o mundo corre de chegar ao fim. O horário pode ser ajustado, ficando mais próximo ou longe do “juízo final”, dependendo dos esforços globais para salvar ou contribuir com a destruição do planeta.

Criado em 1947 por cientistas que trabalharam no Projeto Manhattan, que desenvolveu a primeira bomba atômica, a finalidade original do relógio era medir ameaças nucleares. Contudo, o Bulletin of the Atomic Scientists decidiu incluir mudanças climáticas em seus cálculos a partir de 2007.

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Apesar de não determinar exatamente quanto tempo ainda resta para o fim do planeta terra, o “Relógio do Juízo Final” funciona há mais de 70 anos como um alerta para a humanidade. A definição dos ponteiros é feita anualmente por membros do Conselho de Ciência e Segurança do Boletim dos Cientistas Atômicos, com base em cálculos que medem a chance de catástrofes aconteceram.

Além da guerra na Ucrânia, um comunicado divulgado pelos cientistas responsáveis pelo relógio afirma que a ameaça nuclear, crise climática, bio-ameaças e a guerra de desinformação são multiplicadores de ameaças para o planeta atualmente.

Histórico

No início da contagem, em 1947, o relógio marcava sete minutos para a meia-noite. Em meio as tensões nucleares, o relógio chegou a marcar 2 minutos para o fim durante a Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética. Já em 1991, quando os dois países assinaram um tratado para reduzir seus arsenais nucleares, os ponteiros retrocederam para 17 minutos.

Além da ameaça nuclear, que chegou a fazer os ponteiros retornarem a 2 para meia-noite em 2018 pela avanço dos testes atômicos da Coreia do Norte e as rusgas do país com os Estados Unidos, outros fatores fizeram com que o tempo restante diminuísse.

Em 2019, o relógio alertou para a falta de esforços em conter a crise climática no planeta. No ano seguinte, quando o mundo foi surpreendido pela pandemia de Covid-19, os ponteiros chegaram na posição mais próxima à meia-noite até aquele momento: 100 segundos para o fim do mundo.

 

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