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Pavirada Filmes fez bem-sucedida parceria com o diretor Murilo Salles

Produtora do cineasta Iberê Carvalho (“O Último Cine Drive-in”) viabilizou as filmagens de “Os Fins e os Meios” na capital

atualizado

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Rogerio Resende/R2Foto/Festival do Rio
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Durante o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 2008, o diretor carioca Murilo Salles, então integrante do júri da Mostra Competitiva, foi dar uma espiada na Mostra Paralela e se encantou com o curta-metragem “Pra Pedir Perdão”, de Iberê Carvalho (foto no alto). “Poxa, mas o melhor filme do festival não está na mostra competitiva!”, lamentou Salles.

O diretor foi embora, mas nunca esqueceu a história do rapaz que atropela um táxi e sai alucinado pela cidade em busca de sua paixão, numa chuvosa noite de carnaval. Quatro anos depois, quando viu que filmaria na cidade o longa de ficção “O Fim e os Meios”, Salles não exitou. Pediu conselhos ao amigo José Eduardo Belmonte (“Alemão”), que indicou os “meninos” da Pavirada Filmes.

“Murilo tem muita experiência, mas filma como um jovem, ousando, experimentando”, lembra Iberê Carvalho, falando da experiência de filmar com Salles, um dos nomes-referências do cinema nacional. “Estamos falando do cara que fotografou ‘Dona Flor e Seus Dois Maridos’. É muita história, muitos filmes”, observa.

Influência em decisões
Foram seis meses de trabalhos – dois deles intensos – entre pré-produção, escolha de locação e filmagens em lugares como o Congresso Nacional, Lago Sul, Park Way, Asa Sul, UnB e Polícia Federal. Ao todo, 10 pessoas da equipe da Pavirada Filmes se envolveram no projeto.

A troca de experiência fluiu a ponto do maduro diretor se deixar influenciar por decisões de produção importantes. Uma foi a indicação da produtora de elenco dos atores locais. Outra, o cenário da parte nordestina do filme. Murilo pensou, num primeiro momento, em filmar em Salvador, mas João Paulo Procópio, sócio de Iberê, acabou por convencê-lo a filmar em Maceió.

“Minha família é de Maceió e como pensava em filmar meu primeiro longa-metragem lá, queria conhecer os profissionais da região. Aproveitamos o filme do Murilo para vivenciar esse processo”, conta Procópio. “Como viramos coprodutores do projeto, sugeri também que captássemos grana para a fase brasiliense do filme. Conseguimos R$ 345 mil via FAC (Fundo de Apoio à Cultura), mas acabou que gastamos mais que isso”, detalha.

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