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Servidora que levou soco na boca em UBS pede medida protetiva contra agressor

A profissional de saúde não conseguiu a proteção por não ter relacionamento com o acusado e caso não se enquadrar na Maria da Penha

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
Lesão
1 de 1 Lesão - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Após levar um soco no rosto na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Vicente Pires, uma técnica de enfermagem decidiu buscar medida protetiva contra o agressor. O primeiro pedido, contudo, não teve sucesso. Vítima e agressor não têm um relacionamento e, por isso, a princípio, o caso não se enquadra na Lei Maria da Penha.

“Fui na delegacia. Registrei Boletim de Ocorrência. Pedi a medida protetiva. Mas o agente informou que por ser lesão corporal e eu não ter relação nenhuma com o agressor, infelizmente não poderia ter medida, porque ela é vinculada à Maria da Penha”, desabafou a servidora pública.

A reportagem preservará a identidade da profissional de saúde. Ela foi agredida por um idoso de 70 anos. O agressor é dono do prédio onde a UBS está instalada e reside na vizinhança. “Os policiais foram super acolhedores e solícitos.

Mas a Lei é muito falha. E se acontecer o pior? Se ele voltar e fizer o pior? O que vão dizer?”, questionou.

Veja o depoimento da servidora agredida:

 

“Me sinto extremamente desprotegida, extremamente insegura. Perguntei para o policial: ‘E se o agressor continuar indo na UBS? E se ele se achar no direito de fazer isso de novo?’. O agente disse que não há nada a ser feito. Não há nada que impeça que ele chegue perto da unidade”, lamentou.

Confira as lesões:

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O caso foi registrado inicialmente na 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), mas agora a servidora vai buscar ajuda na Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam). A técnica de enfermagem está com lesões aparentes na boca, além de apresentar uma fratura no nariz.

Desabafo

“Eu espero que as autoridades protejam as vítimas, para evitar que o pior aconteça. Isso não vale só para mim. É importante para todas as mulheres. Eu esperava que a lei fosse mais solicita. Esperava que para a lei, a vítima fosse mais importante do que o agressor. Não sou a primeira e não serei a última”, comentou.

Em depoimento na 8ª DP, o idoso negou as acusações e declarou que estava passando mal. Segundo ele, a mulher teria batido a porta, negando atendimento. Alegou, ainda, não ter dado o soco, e sim empurrado o rosto dela. Ele reforçou também que é dono do prédio onde funciona a UBS.

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