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GDF prepara nova dança de cadeiras no primeiro escalão

Mudanças devem ocorrer na Segurança, Sedestmidh e Detran. Executivo aguarda somente as eleições para presidência da CLDF

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
governador Rodrigo Rollemberg
1 de 1 governador Rodrigo Rollemberg - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Governo do Distrito Federal (GDF) passará por uma nova reestruturação nos quadros do alto escalão. Desta vez, a motivação não é financeira. A troca será por insatisfação ou reconhecimento de escolhas erradas. As mudanças já estão sendo negociadas nos bastidores, mas só devem se concretizar após a eleição da Mesa Diretora da Câmara, prevista para 15 de dezembro.

Na lista, podem entrar as secretarias de Segurança Pública e Paz Social; de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh); além de mudanças no comando do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF).

Pessoas próximas a Rollemberg não escondem a insatisfação do chefe do Executivo com a líder da pasta de Segurança, Márcia de Alencar. A situação veio à tona quando o socialista admitiu ter sondado o ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame, em 25 de outubro.

Em meio a uma crise no setor, com a Operação Legalidade da Polícia Civil decretada desde 4 de julho, o maior problema do governador é escolher um nome que seja unanimidade entre as forças policiais. Beltrame recusou o convite de Rollemberg.

Retaliação
O chefe do Detran, Jayme Amorim de Souza, também deve ser trocado. Ele teria sido indicado pela deputada Celina Leão (PPS), que faz oposição declarada ao governo e está afastada da presidência da Câmara Legislativa pela Operação Drácon, que investiga suposto esquema de corrupção na Casa. A distrital assegura que não tem indicação no governo e tampouco ingerência sobre o órgão.


A Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh), por sua vez, deve ser desmembrada. O PSB, partido do governador, tem feito pressão para que a área de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos saia da supersecretaria e seja comandada por alguém da legenda.

Há ainda quem ateste o arrependimento de Rollemberg em ter unido as pastas durante a reestruturação de outubro de 2015, quando fez a fusão de diversas secretarias para reduzir os quadros do GDF e economizar. Ao todo, foram extintas sete secretarias.

Desde agosto, Antônio Gutemberg Gomes de Souza chefia a superpasta. Ele entrou no lugar do distrital Joe Valle (PDT), que voltou para a Câmara Legislativa e disputa em dezembro o cargo de presidente.

O governador deve ainda perder o seu chefe de gabinete nos próximos dias. O atual ocupante do cargo e ex-secretário da Mobilidade do Distrito Federal, Carlos Tomé pretende voltar ao Senado Federal, onde trabalhava antes de vir para o GDF. Tomé ficou seis meses na função e aguarda apenas que o chefe do Executivo escolha um novo nome para sair. Assim que isso acontecer, Rollemberg vai nomear o quarto chefe de gabinete em dois anos de gestão. 

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