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PCDF prende grupo que falsificava documentos de emissão de visto no DF

Criminosos forneciam transporte, hotel e orientações de como proceder durante entrevistas. Ao menos 10 pessoas foram presas

atualizado

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Deiviane Linhares/Especial Metrópoles
PASSAPORTE BRASIL BRASILEIRO MERCOSUL
1 de 1 PASSAPORTE BRASIL BRASILEIRO MERCOSUL - Foto: Deiviane Linhares/Especial Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), através da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), deflagrou a operação Transitus, para reprimir a ação de um grupo criminoso especializado na fabricação e uso de documentos falsos para obtenção de vistos em embaixadas e consulados no Distrito Federal.

Durante a ação, que foi realizada na segunda-feira (22/8) e, nesta quarta-feira (24/8), três integrantes da organização foram presos e objetos utilizados para as falsificações, como impressoras e celulares, apreendidos.

De acordo com a corporação, outras sete pessoas também foram detidas após apresentarem os documentos falsos em um consulado em Brasília.

Segundo os agentes, a investigação teve início em julho deste ano, após algumas embaixadas desconfiarem do aumento no número de documentos falsos recebidos.

A Polícia Civil afirma que, além da documentação falsa, os suspeitos também forneciam hospedagem, transporte e orientação de como se comportar em uma entrevista para obter o visto. Inclusive, levavam os candidatos até os serviços consulares.

O valor médio cobrado era de 15 mil dólares por pessoa, sendo parte paga aqui no Brasil e o restante após a entrada da pessoa no país pretendido. Para receber o valor restante, que poderia chegar a R$ 80 mil, os criminosos ameaçavam os familiares dos “clientes” que permaneciam no Brasil.

Organização criminosa

Segundo as investigações, os criminosos, que são moradores de Governador Valadares, em Minas Gerais, atraiam pessoas com a promessa de facilitação na obtenção de diversos vistos consulares.

Após uma prisão realizada em flagrante, agentes envolvidos na operação conseguiram identificar que o grupo age em todo o Brasil. Um dos integrantes da associação criminosa, inclusive,  já foi preso anteriormente no exterior por produção de passaportes falsos, e um outro por uso de documento falso em serviço consular no Rio de Janeiro.

Segundo a PCDF, desde o segundo semestre de 2021, a CORF efetuou a prisão de 20 pessoas por falsificação e uso de documento falsos em embaixadas. Em janeiro deste ano, também foi realizada a operação MEDIUS, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão em agência de turismo em Guarulhos, São Paulo, onde eram fabricados documentos falsos.

Ainda de acordo com a corporação, os integrantes da associação criminosa irão responder por associação criminosa, falsificação de documentos públicos e extorsão, com penas que podem chegar a dez anos.

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