A Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) trabalha para inserir um plano de conscientização na escola onde um aluno “presenteou” uma professora negra com uma esponja de aço no Dia da Mulher.
Na manhã desta quarta-feira (15/3), o presidente e o vice-presidente da comissão, Melk Souza e Bruno Carvalho, respectivamente, visitaram o Centro de Ensino Médio (CEM) 9 de Ceilândia para manter um diálogo com a direção.
“A OAB-DF veio prestar seu apoio as famílias e a escola. Estamos propondo hoje uma iniciativa de conscientização dos jovens, mas também vamos atender as famílias envolvidas”, disse Melk.

Centro de Ensino Médio (CEM) 9 de Ceilândia, escola onde aluno “presenteou” uma professora negra, no Dia da Mulher, com uma esponja de açoHugo Barreto/ Metrópoles

O episódio ocorreu em uma turma do terceiro ano do Centro de Ensino MédioHugo Barreto/ Metrópoles

Diretor do CEM 9 José GadelhaHugo Barreto/ Metrópoles

Melk Souza, presidente da comissão de igualdade racial da seccional da OAB em Ceilândia e Vice-presidente Bruno CarvalhoHugo Barreto/ Metrópoles

A vítima é professora há 16 anos e começou a dar aulas de português no colégio neste anoHugo Barreto/ Metrópoles

Hugo Barreto/ Metrópoles
“Nosso propósito maior agora é fazer um trabalho nas escolas de Ceilândia. Porque pegar um fato como esse, tão grave e tão importante, tem que ser discutido, não pode ser só em poucos dias. Nós conversamos com os diretores, eles deram para a gente essa oportunidade, e vamos agir para que não ocorra mais fatos tão lamentáveis como esse”, disse o presidente da comissão da OAB-DF.
A ideia é que, nas próximas semanas, a escola seja palco de palestras com a participação de todos os alunos.
“Traremos pessoas especializadas na parte de comportamento para esses jovens. Vamos fazer esse grande projeto”, complementa Souza.

Aluno do Centro de Ensino Médio (CEM) 9 de Ceilândia “presenteou” uma professora negra, no Dia da Mulher, com uma esponja de açoReprodução

Docente viu um machismo claro no ato do aluno e tem dúvidas sobre a ocorrência de racismoReprodução

Edmar Sônia, 48 anos, afirmou que preferiu não revidarReprodução

Episódio ocorreu em uma turma do terceiro ano do Centro de Ensino Médio (CEM) 9 de CeilândiaReprodução

Reação da professora, na hora do ocorrido, foi pacíficaReprodução
“Traremos pessoas especializadas na parte de comportamento para esses jovens. Vamos fazer esse grande projeto”, complementa Souza.
O plano é que, além do CEM 09, outras escolas da Ceilândia recebam o projeto. ”Vamos começar por essa escola. Queremos que ela seja marcada também de forma positiva aqui no DF”, finaliza o presidente.
Repercussão
Segundo o diretor da escola, José Gadelha, após a repercussão a direção tem buscado reforçar a conscientização.
“Nós não podemos fazer apenas aquelas práticas que a sociedade brasileira quer: a punitiva. Punir, ótimo, eu puno o aluno, mas a questão continua latente, perdurando. Estamos trabalhando pedagogicamente com todos os alunos para que tenham uma postura adequada”, explicou.