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Novo lança presidenciável, mas avisa que poderá apoiar outra 3ª via

Dirigentes do partido argumentam não querer “dividir voto” entre as opções da “terceira via”, pois isso poderia fortalecer Lula ou Bolsonaro

atualizado

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Felipe d'Avila, pré-candidato à Presidência pelo partido Novo
1 de 1 Felipe d'Avila, pré-candidato à Presidência pelo partido Novo - Foto: YouTube/Reprodução

A cúpula do Partido Novo lançou, nesta quarta-feira (3/11), em Brasília, o cientista político Luiz Felipe D’Ávila como pré-candidato da legenda à Presidência da República em 2022, mas já admite, nos bastidores, que poderá desistir da candidatura, caso ela não se viabilize.

Dirigentes da sigla deram a D’Ávila até o início do segundo semestre do próximo ano para ele mostrar sua viabilidade eleitoral. Caso o cientista político não consiga se mostrar competitivo, o partido deve adotar outro caminho na disputa pelo Palácio do Planalto.

Integrantes da cúpula do Novo ouvidos pela coluna argumentam não querer “dividir voto” entre as opções da chamada “terceira via”, diante da polarização entre Jair Bolsonaro e Lula. E dizem que, caso haja um candidato mais viável, poderão mudar a estratégia de ter um nome na disputa pelo Palácio do Planalto.

Dirigentes do Novo admitem que qualquer nome da “terceira via” terá os votos da sigla, caso demonstre maior viabilidade do que D’Ávila às portas do pleito de 2022. Eles citam, por exemplo, a possibilidade de apoiar Sergio Moro, caso o ex-juiz demonstre força para ir ao segundo turno.

Nas palavras de um dirigente do Novo ouvido pela coluna, o importante, no momento, seria “lançar candidatos” para oferecer opções para o eleitorado. Ele cita a mais recente pesquisa Ipesp/XP, que mostrou que 45% do eleitorado deseja outro nome além de Bolsonaro e Lula para votar em 2022.

Caso o segundo turno se desenhe entre o atual e o ex-presidente da República, “significaria um  fracasso” de todos os partidos que se colocam como alternativa.

Claro que a expectativa da cúpula do Novo é que o cientista político consiga decolar. D’Ávila já iniciou viagens pelo País na tentativa de se tornar conhecido. Dirigentes do Novo prometem “brigar” até o momento final para que o candidato da legenda consiga retirar Bolsonaro do segundo turno das eleições.

No lançamento da candidatura de D’Ávila, na capital federal, estiveram presentes cerca de 100 pessoas, entre parlamentares, apoiadores e mandatários do partido e imprensa. “O que está em jogo é a sobrevivência do País”, disse D’Ávila no evento.

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