A nova onda de Covid-19 no Brasil e a cirurgia que fez na laringe levaram Lula a adotar uma série de cuidados durante as reuniões com políticos e integrantes da equipe de transição nesta semana, em Brasília.
Um das primeiras precauções foi concentrar os encontros no hotel em que está hospedado, nos primeiros dias. Segundo aliados, a decisão visou ter um controle maior do acesso ao presidente da República eleito.
A avaliação foi de que no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, na capital federal, o acesso a Lula estava “mais solto”.
Lula só foi ao CCBB uma vez nesta semana, na segunda-feira (28/11). Naquele dia, teve uma reunião com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e recebeu lideranças do MDB no local.
A partir da terça-feira (29/11), o petista passou a concentrar suas agendas no hotel. Lá, já se reuniu com economistas, parlamentares do PSD e do União Brasil e com os presidentes da Câmara e do Senado.
Nesta quinta-feira (1/12), há previsão de o presidente eleito voltar para o CCBB, onde estão previstas uma série de reuniões. Entre elas, uma reunião com as centrais sindicais.
Máscara e fala contida
No hotel, as reuniões de Lula aconteceram em uma das salas da suíte presidencial. Na maioria dos encontros, como na reunião com deputados e senadores do PSD, o presidente eleito usou máscara de proteção.
Nas conversas, Lula costuma iniciar dizendo que, por recomendação médica, falará pouco para poupar sua voz. Em meados de novembro, o petista fez uma cirurgia na laringe.