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Oposição irá à PGR contra empresa de Guedes em paraíso fiscal

Parlamentares pedem apuração contra empresas de Paulo Guedes e Roberto Campos Neto no exterior

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Ministro da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresários
1 de 1 Ministro da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresários - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, e o deputado Alexandre Frota, do PSDB de São Paulo, decidiram apresentar notícias-crimes ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República pedindo que a empresa que Paulo Guedes mantém em um paraíso fiscal seja investigada. O senador também quer que seja investigada a offshore de Roberto Campos Neto. O presidente do Banco Central manteve a empresa num paraíso fiscal durante os 15 primeiros meses em que esteve no cargo.

Guedes pode ter lucrado R$ 14 milhões com a valorização do dólar desde que assumiu o Ministério da Economia por meio da Dreadnought International, offshore que mantém nas Ilhas Virgens Britânicas. As investigações fazem parte do projeto Pandora Papers, o qual o Metrópoles integra.

Randolfe também afirmou que apresentará um pedido de convocação de Guedes para dar explicações sobre o tema na Comissão de Assuntos Econômicos no Senado e que apresentará um projeto de lei para que agentes do mercado financeiro tenham de cumprir uma quarentena antes de assumir o Ministério da Economia e o Banco Central.

Frota já apresentou uma denúncia à PGR na manhã desta segunda-feira (4/10) contra Guedes e Campos Neto.

Frota pede ainda a exoneração dos dois e diz que Guedes e Neto cometeram improbidade administrativa e os crimes de tráfico de influência e advocacia administrativa, além de terem violado o Código de Conduta da Alta Administração Federal, que proíbe funcionários do alto escalão de manter aplicações financeiras que possam ser afetadas por políticas governamentais.

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