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Vinho e amor: entenda significados e mistérios por trás da bebida

Na penúltima coluna do ano, Shakespeare, Eurípedes e Ovídio nos ajudam a investigar os atributos do vinho ao longo da história da humanidade

atualizado

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JP Rodrigues/Especial para Metrópoles
Brasília (DF), 29/11/2018  – Evento: 7ª Wine Friday –  Local ASCADE  Foto: JP Rodrigues/Especial para Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 29/11/2018 – Evento: 7ª Wine Friday – Local ASCADE Foto: JP Rodrigues/Especial para Metrópoles - Foto: JP Rodrigues/Especial para Metrópoles

O amor é como o vinho, e como vinho,
a uns reconforta e a outros abate.

A etimologia da palavra vinho em português indica que ela se origina da palavra latina vinum, que, por sua vez, tem origem na palavra grega oinos. Assim está nos dicionários. Mas encontrei outra explicação em um livro italiano sobre vinhos. Nele, afirma-se que vino viria da palavra do sânscrito vena, formada do radical ven (amar), de onde também se formou a palavra Vênus, a Deusa do Amor.

Se o vinho está ausente,
então o amor não está presente.

(Eurípedes, dramaturgo grego, autor de Medeia, As Troianas, Electra, entre outras; 480-406 a.C.)

Daí é que, desde sempre, o vinho é estreitamente ligado ao amor. Ao prazer de viver. Ao relaxamento do corpo e do espírito. De inebriar as sensações e os sentidos do homem. Uma bebida agregadora, em torno da qual as relações humanas se consolidam. Ainda há o contato com o sobrenatural, na utilização do vinho nos rituais religiosos.

O primeiro amor a Deus.
O segundo à garrafa de vinho.
O terceiro à mulher.
O quarto a dormir com ela.

Acredito que, apesar das poucas colunas escritas, já possuímos intimidade suficiente para falarmos de um efeito colateral que pode ser gerado pelo vinho. Devido ao seu efeito vasodilatador, semelhante ao de uma famosa pílula azul, provoca um súbito e repentino aumento da libido, mais objetivamente, vinho pode dar tesão (alô, coluna Pouca Vergonha).

Ainda bem que não é sempre, vai depender do ambiente propício, mas, na companhia certa, é infalível. Porém, como dizia William Shakespeare em Macbeth, deve-se tomar certo cuidado:

Macduff: “Quais as três coisas que o beber especificamente provoca?”

Porter – “… nariz vermelho, sono e urina. Luxúria, senhor, ele provoca e não provoca; provoca o desejo, mas impede o desempenho.”

Amor com vinho, fogo no fogo.

(Ovídio, poeta romano; 43 a.C. – c. 18 d.C.)

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