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Presos da Lava Jato no RJ se queixam de ratos em Bangu 8

Novo local para detidos no caso foi determinado pelo interventor na segurança pública do Rio de Janeiro, general Walter Braga Neto

atualizado

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GIULIANO GOMES/PR PRESS
EX-GOVERNADOR DO RIO É TRANSFERIDO PARA PRESÍDIO EM CURITIBA
1 de 1 EX-GOVERNADOR DO RIO É TRANSFERIDO PARA PRESÍDIO EM CURITIBA - Foto: GIULIANO GOMES/PR PRESS

Há uma semana como presídio oficial da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, Bangu 8 tem sido alvo de queixas de réus e advogados. Há relatos sobre presença de insetos e ratos nas celas, além da precária estrutura do local. A informação é do jornal Folha de São Paulo.

O novo local para cumprimento de prisão dos investigados na ofensiva da Polícia Federal foi determinado pelo interventor federal na segurança pública do Rio, general Walter Braga Neto. A mudança é parte da reorganização do sistema carcerário do estado, que remanejou cerca de 5,4 mil presos no total, informa a reportagem.

Após a decisão, os presos da Lava Jato mantidos na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, que ao longo de um ano acumulou relato de regalias e motivou a queda do ex-secretário de Administração Penitenciária Erir Ribeiro Filho, foram levados para Bangu 8. E começaram a reclamar, segundo a Folha, de as celas do novo endereço serem infestadas de baratas, piolhos e ratos.

Conforme a publicação, os advogados do empresário Arthur Pinheiro Machado e do ex-secretário nacional do PT Marcelo Sereno, presos na Operação Rizoma, desdobramento da Lava Jato, chegaram a reclamar formalmente ao juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Criminal Federal – o tribunal da Lava Jato no Rio –, sobre “condições insalubres” do local.

O ex-governador Sérgio Cabral (MDB) está desde abril ali, assim como o ex-secretário de Obras Hudson Braga. “O lugar é um safari de parasitas. A sala de advogados está repleta de casas de marimbondos. O complexo é todo infestado de toda sorte de parasitas”, disse Rodrigo Roca, que defende Cabral, à Folha.

Ainda de acordo com os advogados dos políticos presos no local, apenas dois parlatórios do presídio funcionam atualmente, resultando em filas de defensores à espera de falar com seus clientes.

A reportagem lembra que esta não é a primeira vez na qual Cabral (foto em destaque) e outros presos da Lava Jato passam por Bangu 8: entre novembro de 2016 e maio de 2017, todos ficaram na unidade, sem apresentar qualquer queixa do tipo. Na ocasião, houve relatos também de regalias no local. As denúncias de regalias em Benfica, por sinal, além de derrubarem o ex-secretário, motivaram a transferência de Cabral para Curitiba: ele só voltou ao estado natal em abril.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária afirmou à reportagem, Bangu 8 passou por limpeza e dedetização antes da transferência dos presos da Lava Jato. A pasta disse ainda que outros parlatórios estão passando por reparos e haverá no futuro sala reservada aos defensores.

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