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Sergio Moro será diretor de investigações em empresa dos EUA

Norte-americana Alvarez & Marsal presta serviço de consultoria para empresas privadas e tem filial no Brasil. Ex-ministro atuará de Curitiba

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ex-ministro Sergio Moro
1 de 1 Ex-ministro Sergio Moro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro será o novo diretor-geral de investigações na filial brasileira da Alvarez & Marsal, com sede nos Estados Unidos. A companhia norte-americana presta serviços de consultoria para recuperação de empresas. As informações são do portal Jota.

Sergio Moro trabalhará no setor de Disputas, Investigações e Compilance da empresa. A contratação ocorre sete meses após ele deixar o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O ex-magistrado assumirá seu novo emprego nesta terça-feira (1º/12). Apesar da filial brasileira ser localizada em São Paulo, Moro trabalhará de Curitiba. Ele também terá que viajar para Nova York, quando necessário.

Entre as áreas de atuação, Moro trabalhará com investigação de crimes corporativos, apuração de irregularidades tributárias, elaboração de contratos de concessão e resolução de conflitos societários de empresas privadas.

A Alvarez & Marsal tem, entre os clientes, empresas citadas na Operação Lava Jato. O relacionamento do ex-magistrado com a força-tarefa, contudo, não foi visto como empecilho em sua contratação.

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Saída

Sergio Moro deixou o cargo no governo de Bolsonaro em abril deste ano. Na ocasião, em entrevista coletiva, o ex-juiz acusou o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal ao exonerar, sem o seu conhecimento, o diretor-geral Maurício Valeixo.

A saída de Moro do governo provocou atritos entre o ex-juiz e o presidente Jair Bolsonaro. Foi aberto inquérito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar as acusações feitas pelo ex-chefe da Segurança.

O pedido partiu da Procuradoria-Geral da República e foi acolhido pelo então ministro Celso de Mello, que se aposentou da Corte em outubro. O inquérito segue em tramitação no STF.

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