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Museu do Holocausto rebate Bia Kicis: “Tendências racistas e sexistas”

Kicis encontrou-se com Beatrix von Storch, deputada do partido Alternativa para a Alemanha. Grupo é acusado de propagar ideias neonazistas

atualizado

Will Shutter/Câmara dos Deputados
Deputada Bia Kicis_CCJ

O Museu do Holocausto rechaçou a fala da deputada Bia Kicis (PSL-DF), que defendeu o Alternative für Deutschland (Alternativa para a Alemanha), partido investigado por propagar ideias extremistas e neonazistas.

Em seu perfil oficial no Twitter, o museu se posici0nou:

Nesta quinta-feira (22/7), Bia Kicis encontrou-se com Beatrix von Storch, deputada do partido Alternativa para a Alemanha.

Em foto publicada ao lado da parlamentar alemã, a deputada do PSL, que também é presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), celebrou a união e a semelhança de pautas defendidas.

Em março deste ano, a agência de inteligência da Alemanha colocou o partido de Beatrix von Storch sob vigilância. As comunicações e os movimentos do Alternativa para a Alemanha estão sendo controlados.

O Museu do Holocausto usou dois exemplos para condenar a atitude de Bia Kicis. Um deles envolve o negacionismo em relação à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

“Em março de 2021, o serviço secreto alemão enviou ao Ministério do Interior um relatório de mais de mil páginas que atribui ao partido Alternativa para a Alemanha uma série violações da ordem democrática e atentados aos valores constitucionais da Alemanha, incluindo sobre o negacionismo pandêmico”, publicou.

A outra citação envolve um discurso de Charlotte Knobloch, sobrevivente do Holocausto, vice-presidente do Congresso Judaico Europeu e do Congresso Judaico Mundial.

Em janeiro de 2021, no Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, Charlotte Knobloch discursou no  Parlamento alemão. À época, ela criticou os deputados do partido de extrema-direita.

“Não posso ignorar que me perturba o fato de estarem aqui sentados. Vocês vão continuar a lutar pela vossa Alemanha, e nós vamos continuar a lutar pela nossa Alemanha. Vocês perderam a vossa luta há 76 anos”, afirmou.






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