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Em depoimento, Zambelli diz que “trabalharia” para indicar Moro ao STF

A deputada afirmou ainda que o presidente Jair Bolsonaro desconfiava do ex-ministro porque ele “não era armamentista”

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Zambelli
1 de 1 Zambelli - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou nesta quarta-feira (13/05), em depoimento à Polícia Federal, que sugeriu ao ex-ministro da Justiça Sergio Moro “trabalhar” sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) junto ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Entretanto, disse que nunca chegou a levar o assunto ao chefe do Executivo federal. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a parlamentar, a relação entre Bolsonaro e Moro já estava enfraquecida devido às desconfianças do presidente com o ministro, porque o ex-juiz era “desarmamentista”. O fato contradiz uma das principais bandeiras na campanha eleitoral, que ajudou Bolsonaro a se eleger à Presidência.

“Poderia trabalhar junto ao presidente Jair Bolsonaro no sentido de o ex-ministro Sergio Moro vir a ocupar a futura vaga, com a vaga decorrente da aposentadoria próxima do ministro Celso de Mello”, afirmou a deputada. O depoimento faz parte do inquérito que apura uma suposta interferência do presidente da República na autonomia da PF.

“Não chegou a ter qualquer conversa com o presidente Jair Bolsonaro no sentido de o ex-ministro Sergio Moro aceitar a substituição da direção da Polícia Federal, tendo como contrapartida a vaga no STF”, completou a deputada.

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Zambelli foi convidada a depor após Moro mostrar conversas de Whatsapp entre os dois, em que a deputada pedia ao ex-juiz que aceitasse o nome de Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), como substituto de Maurício Valeixo no comando da PF.

Com isso, evitaria a demissão. Nas mensagens, Zambelli, que tem o ex-magistrado como padrinho de casamento, tenta convencê-lo a não deixar o cargo, com a oferta de que poderia ocupar uma cadeira de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) “em setembro”.

Em resposta, Moro disse que “não estava “à venda”. “Quando ele escreveu assim para mim, eu vi que tinha um coisa estranha. Porque em momento nenhum ofereci dinheiro pra ele”, justificou. A deputada repudiou a divulgação dos diálogos e disse que, do modo como foi divulgado, pareceu que ela estava fazendo algo ilícito.

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