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Bozzella: “No fantástico mundo dos bolsonaristas, agressor é vítima”

Vice-presidente do PSL disse que ainda não foi notificado do boletim de ocorrência contra ele, registrado por Eduardo Bolsonaro

atualizado

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Cleia Viana/Câmara dos Deputados
JuniorBozzella
1 de 1 JuniorBozzella - Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O deputado Junior Bozzella (SP), vice-presidente do PSL, ironizou, nesta sexta-feira (30/4), o fato de o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ter registrado boletim de ocorrência contra ele, por calúnia e difamação. Bozzella, todavia, disse que ainda não foi notificado.

O vice-presidente do PSL disse que não dirigiu a palavra ao correligionário, porque não o tinha visto. Bozzella destacou que os bolsonaristas têm o modus operandi de distorcer os fatos.

“No fantástico mundo dos bolsonaristas, o agressor é a vítima, o [ex-ministro Sergio] Moro é bandido e os ‘rachadores’ e milicianos são heróis, é a velha máxima do poste tá mijando no cachorro. O Eduardo, o Jair [Bolsonaro], todos eles são uma família de pessoas com valores morais e éticos completamente deturpados. Por isso, não me surpreende que, mais uma vez, o Eduardo me agrida, me ameace, e faça um B.O. contra mim”, ponderou.

“Talvez, no mundo de pessoas como os Bolsonaros, ameaças de morte sejam normais e façam parte do cotidiano, mas, pra mim, não”, acrescentou.

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Bozzella afirmou que Eduardo Bolsonaro é reincidente e que a família age com truculência e autoritarismo.

“Não é a primeira vez que ele faz ameaças e estou certo que não será a última, porque a familícia Bolsonaro só conhece a truculência e o autoritarismo. São pessoas que não respeitam a democracia e a liberdade de expressão e tratam como inimigos todos aqueles que, por qualquer motivo, não concordam com eles”, alegou.

Boletim de ocorrência

Eduardo Bolsonaro registrou, na noite dessa quinta-feira (29/4), boletim de ocorrência contra Bozzella, por calúnia e difamação. O vice-presidente do PSL disse, em entrevista ao site O Antagonista, que pessoas teriam ouvido o filho do presidente o ameaçar de morte no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

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