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Bolsonaro admite flexibilizar alíquota do “imposto Ipiranga”

Presidencíável afirma, em entrevista gravada no hospital Albert Einstein, que a União deve arrecadar menos

atualizado

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1 de 1 Bolsonaro-12-de-setembro1 - Foto: Reprodução/ Facebook

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, concedeu, nesta segunda-feira (24/9), uma entrevista, gravada em vídeo, ao jornalista Augusto Nunes, da rádio Jovem Pan. No hospital Albert Einstein (SP), onde ainda convalesce do atentado sofrido no dia 6 de setembro, ele falou, entre outros pontos, da proposta apresentada pelo seu guru econômico, Paulo Guedes, de cobrar a alíquota única de 20% no Imposto de Renda de quem ganhar acima de 5 salários mínimos, o chamado “imposto Ipiranga”. E admitiu que pode flexibilizar a ideia. “Se a alíquota estiver alta para alguns, eu posso conversar com o Guedes, que resolve essa parada”, afirmou Bolsonaro. “Eu só disse para ele uma coisa: que a União arrecade menos”.

Alíquota única de 20%, ao invés de um escalonamento que vai da isenção até 27% de acordo com o ganho do trabalhador, implicaria, segundo Bolsonaro, em perda de arrecadação. “Mas daria mais gás para as empresas empregarem gente, desonerando a folha de pagamento. Compensa e muito”, explicou.

De acordo com o candidato, outros países, como a Inglaterra e o Estados Unidos do presidente Donald Trump, implementaram projetos semelhantes, “os quais deram muito certo”. Ele, no entanto, não entrou em detalhes deste projeto.

Em meio a alguns momentos de emoção, Bolsonaro relembrou o momento do atentado sofrido durante ato de campanha em juiz de Fora (MG). Para ele, foi um milagre ter sobrevivido à facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira. “Foi para matar”, ressaltou o peeselista. “Ele rodou a faca”.

O candidato diz não acreditar que Adélio agiu sozinho. “Ele não é muito inteligente, mas sabe que seria linchado ali se não tivesse alguém para dar apoio. Foi para cumprir uma missão”, falou.

Segundo Bolsonaro, a Polícia Civil de Juiz de Fora está bem mais avançada nas investigações do que a Polícia Federal e classificou como “lamentável” a conclusão da PF de que o agressor agiu sozinho. “Parece que estão fazendo tudo para abafar”, acusou.

Indicações políticas
Bolsonaro também comentou o fato de ser apontado como um risco à democracia. “Quem diz que sou um risco sabe que sou para os esquemas deles”, disparou. “Vou acabar com as indicações políticas e privatizar muitas estatais. Só deixarei as estratégicas, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica”.

Ao final da entrevista, o presidenciável agradeceu ao apoio recebido, carinhos e orações. E jogou um apelo aos eleitores: “Vamos mudar o país. Posso não ser o ideal, mas o remédio para o país, tendo em vista os outros candidatos, sou eu”.

Assista à entrevista:

https://www.youtube.com/watch?v=gX8QBF4rbSk

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