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Rachado, MDB oficializa, nesta 4ª (27/7), Simone Tebet à Presidência

Longe de ser unanimidade do partido, Simone Tebet se vende como candidata alternativa a Lula e a Bolsonaro para as eleições

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Fotografia colorida de Simone Tebet. Ele é uma mulher branca, de cabelos lisos, pretos, de tamanho médio. Na foto, aparece falando diante de um microfone, com as mãos abertas. Veste vestido azul-escuro, com mangas 3/4. O fundo desfocado é azul
1 de 1 Fotografia colorida de Simone Tebet. Ele é uma mulher branca, de cabelos lisos, pretos, de tamanho médio. Na foto, aparece falando diante de um microfone, com as mãos abertas. Veste vestido azul-escuro, com mangas 3/4. O fundo desfocado é azul - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O MDB oficializa, nesta quarta-feira (27/7), a candidatura de Simone Tebet (MS) à Presidência da República nas eleições deste ano. O nome da senadora, que provoca um racha interno na sigla, será confirmado em convenção partidária convocada para esta manhã.

Mesmo com as divergências, a expectativa é de que a maioria emedebista avalize o nome da parlamentar.

Tebet é a presidenciável que se vende como potencial candidata de uma “terceira via” alternativa aos nomes de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) – ambos lideram as pesquisas de intenção de votos e buscam voltar ao comando do país no próximo ano. O terceiro colocado nas pesquisas é Ciro Gomes (PDT), que rejeita a alcunha.

Pela candidatura da advogada, o MDB comprou briga com o PSDB, em vias de se federalizar com o Cidadania. Os tucanos chegaram a lançar o ex-governador de São Paulo João Doria como pré-candidato ao pleito, mas viram o nome do empresário perder força diante de uma crescente rejeição e da baixa performance nas pesquisas pré-eleitorais.

Ainda não há uma definição sobre quem será o candidato a vice de Tebet. A tendência, porém, é de que o PSDB confirme o senador Tasso Jereissati (CE) para a chapa. No entanto, apesar da pressão pela sua candidatura, recentemente, o tucano afirmou que ser candidato ao Palácio do Jaburu “não estava no seu projeto de vida”.

Nessa terça (26/7), Jereissati voltou a colocar em dúvida sua candidatura.

“Fui um dos primeiros a manifestar meu entusiasmo pela candidatura da Simone. Acho uma candidatura preparadíssima, e ela é capaz de unir o Brasil. No entanto, a definição da vice depende de uma série de conversas e entendimentos internos de sentido político e eleitoral, em que o propósito final será encontrar aquilo que seja o melhor para a candidatura. Qualquer que seja a decisão, estarei do lado dela”, disse o tucano em nota.

Convenção ameaçada

A convenção partidária desta manhã chegou a ter sua realização ameaçada em razão do resultado do racha interno provocado pela falta de consenso em torno da candidatura de Simone Tebet. Isso porque um filiado da legenda recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tentativa de barrar a reunião, alegando que, por ser realizada virtualmente, não seria possível assegurar o sigilo do voto.

Apesar do apelo, o presidente do TSE, Edson Fachin, indeferiu o pedido de autoria do emedebista alagoano Hugo Wanderley Caju, filiado ao partido desde junho de 2007. Na decisão, o ministro considerou a ausência de provas concretas sobre o risco de haver exposição.

“Como demonstrado, há regra expressa no edital de convocação asseverando que será garantido o sigilo do voto; a parte requerente não fez, a essa altura, demonstração suficiente em sentido contrário. Não há prova minimamente robusta de que a garantia prevista no edital não será cumprida”, diz a determinação do magistrado.

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Fachin ressaltou que o sistema de votação incorpora mecanismos de segurança, como a confirmação por mensagem SMS e o registro de uma foto do parlamentar no momento do voto, a fim de evitar a manipulação do resultado por terceiros. Portanto, na visão do magistrado, deferir o pedido “não seria adequado e razoável no momento”.

O autor do pedido é alinhado ao emedebista Renan Calheiros, que é contrário à candidatura de Tebet e trabalha nos bastidores para demover o apoio da presidenciável.

Trajetória

Simone iniciou sua trajetória política em 2002, como deputada estadual pelo MDB. Depois, por duas vezes, foi eleita prefeita da sua cidade natal, Três Lagoas (MS).

Foi vice-governadora do estado e iniciou o mandato no Senado Federal em 2015. Ganhou projeção nacional pela atuação na CPI da Covid-19, que resultou na sugestão de indiciamento de Bolsonaro, além de ministros e outros membros da cúpula governista.

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