metropoles.com

Doença rara está relacionada ao uso excessivo de maconha, diz estudo

Dores abdominais intensas e vômitos frequentes são alguns dos sintomas cada vez mais comuns nas salas de emergência dos Estados Unidos

atualizado

Compartilhar notícia

Maj. Will Cox/ Georgia Army National Guard
1 de 1 - Foto: Maj. Will Cox/ Georgia Army National Guard

Em estados onde a maconha é legalizada, crescem casos da Síndrome de Hiperemese por Canabinóide – doença associada ao uso intenso da droga.

Dores abdominais e vômitos frequentes são alguns dos sintomas cada vez mais comuns nas salas de emergência dos Estados Unidos. As náuseas podem ser aliviadas com banhos e compressas quentes, mas médicos ainda estão em estudo para saber lidar com a nova síndrome.

Os primeiros casos foram apresentados nos Estados Unidos, em 2009, e desde então pesquisadores estão aprofundando a análise da doença.

Um estudo citado pelo Huffington Post de co-autoria do médico Kennon Heard, da Universidade do Colorado, nos EUA, aponta um aumento de casos nos hospitais desde que a maconha foi liberada também para uso recreativos. “Estamos vendo isso com bastante frequência, quase que diariamente”, disse Heard à CBS News.

Segundo o médico, a ciência ainda não conseguiu desvendar completamente a doença. “A causa mais provável é que as pessoas que usam maconha freqüentemente, e em altas doses, têm mudanças nos receptores em seu corpo, tornando-os desregulados. Por isso, o paciente começa a sentir dores”, reforçou.

Em estágios avançados, a síndrome pode levar à insuficiência renal – mas, segundo a pesquisa, os sintomas param em poucos dias após o fim do consumo de maconha.

“Os pacientes recebem medicação para resolver o vômito e ajudar com a dor, mas o tratamento é realmente parar de usar maconha”, explicou Heard.

O artigo com maior número de casos foi publicado por Simonetto e colaboradores, em 2012, na Clínica Mayo, nos Estados Unidos.

Os autores reuniram 98 pacientes dos quais 68% usavam maconha há mais de 2 anos e 95% usavam numa frequência de mais de uma vez por semana.

86% dos pacientes relatavam dor abdominal e 91% relatavam alívio dos sintomas com duchas ou banhos quentes.

86% apresentaram completa melhora dos sintomas quando pararam de usar maconha.

Compartilhar notícia