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Festa de Pentecostes atrai multidão ao Taguaparque, na última noite

Cerca de três milhões de pessoas passaram pelo Taguaparque, durante os oito dias da celebração. A festa, em Taguatinga Norte, é o maior evento paroquial do mundo

atualizado

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Daniel Ferreira / Metrópoles
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1 de 1 WhatsApp-Image-20160515 (5) - Foto: Daniel Ferreira / Metrópoles

A Semana de Pentecostes, organizada pela Paróquia São Pedro, liderada pelo padre Moacir Anastácio, arrastou uma multidão no último dia de orações. Cerca de três milhões de pessoas passaram pelo Taguaparque, durante os oito dias da celebração. A festa, em Taguatinga Norte, é o maior evento paroquial do mundo.

Na noite deste domingo (15/5), aproximadamente 250 mil pessoas acompanharam a missa celebrada por Moacir Anastácio.⁠⁠⁠⁠ As palavras dele sensibilizaram a multidão e levaram às lágrimas milhares de pessoas que buscavam uma graça ou simplesmente agradeciam o milagre alcançado.

O encontro católico comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo e terminou com a famosa missa das bênçãos das velas. O padre sugere que os fiéis levem-nas para acender durante a oração, em busca de cura e libertação.

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A fé levou a dona-de-casa Maria de Fátima Lopes, 62 anos, a Pentecostes para pedir pelo filho, desempregado há 8 meses. “Acredito muito nas bênçãos alcançadas nesse momento de fé. Vim pedir para Deus iluminar meu filho para que ele tenha sabedoria e consiga superar essa fase difícil”, disse.

A comerciante Adriana Santos, 24 anos, orou para agradecer pela cura de sua mãe, que se recupera de um câncer. “Nunca podemos perder a fé. Temos que estar sempre juntos de Deus nas horas difíceis e jamais esquecê-lo nos momentos de alegria”, afirmou.

Sem palanque

A missa foi acompanhada por políticos. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB), o vice, Renato Santana, e suas respectivas famílias marcaram presença. O senador Hélio José (PMDB) e o deputado federal Izalci Lucas (PSDB) também estiveram no Taguaparque para a celebração.

Nos anos anteriores, era comum ver governadores, senadores e deputados no altar e até falando ao microfone para a multidão. Dessa vez, Moacir Anastácio manteve a determinação do arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sérgio da Rocha: nada de transformar a celebração em palanque para políticos.

A proibição veio após o líder da Paróquia São Pedro, Moacir Anastácio, ser envolvido na 28ª Fase da Operação Lava Jato, que teve como um dos alvos o ex-senador Gim Argello (PTB-DF). O político foi preso e o padre, obrigado a se explicar. Anastácio teria recebido R$ 350 mil da construtora OAS, doação supostamente intermediada por Argello.

Além disso, padre Moacir contou ter recebido dinheiro da Andrade Gutierrez (R$ 300 mil) e da Via Engenharia (R$ 300 mil). As construtoras OAS e Andrade Gutierrez são citadas na Operação Lava Jato. A Via Engenharia e a Andrade Gutierrez são suspeitas de superfaturamento nas obras do Estádio Mané Garrincha. Elas formaram o consórcio responsável pela construção da arena.

Em 28 de abril, padre Moacir foi a Curitiba prestar depoimento à Polícia Federal para comprovar como usou os recursos. Ele foi ouvido, por uma hora e meia, pelo delegado Luciano Flores de Lima. O pároco levou documentos que mostrariam como as doações foram feitas: recibos e comprovantes de transferências bancárias.

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