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Julian Assange será questionado na embaixada do Equador em Londres

O fundador do WikiLeaks é acusado de ter estuprado uma mulher durante uma viagem a Suécia, em 2010. Assange nega e diz que a acusação é um pretexto para que ele seja extraditado aos EUA

atualizado

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David G Silvers/Cancillería del Ecuador
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1 de 1 RUEDA_DE_PRENSA_CONJUNTA_ENTRE_CANCILLER_RICARDO_PATIÑO_Y_JULIAN_ASSANGE - Foto: David G Silvers/Cancillería del Ecuador

Promotores da Suécia poderão questionar Julian Assange, fundador do WikiLeaks, na embaixada equatoriana em Londres, após o governo do Equador demonstrar disposição para romper o impasse no caso. Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores equatoriano disse que o escritório da procuradoria geral fechará uma data nas próximas semanas na qual Assange será questionado sobre as alegações de que estuprou uma mulher durante uma viagem em 2010 para a Suécia.

Assange não foi acusado formalmente e nega as alegações. O governo de Quito disse que o interrogatório não afeta as conclusões do Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias da Organização das Nações Unidas, que recentemente concluiu que Assange era detido arbitrariamente. Aos 45 anos, Assange passou os últimos quatro preso na embaixada equatoriana em Londres, onde conseguiu asilo, para evitar a extradição para a Suécia.

O ativista argumenta que os esforços das autoridades suecas para levá-lo a território sueco para interrogatório é apenas um pretexto para extraditá-lo depois para os Estados Unidos, onde Assange é procurado por ter vazado dezenas de milhares de documentos secretos do governo norte-americano. Os EUA não acusaram formalmente Assange nem emitiram um pedido de extradição contra ele.

Nesta semana, a equipe de advogados de Assange apelou a um tribunal de Estocolmo para tentar reverter um mandado de prisão europeu contra ele. O tribunal distrital disse que Assange ainda é suspeito de estupro e que há o risco de que ele fuja.

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