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#AgoraÉQueSãoElas: conta no Instagram conecta mulheres à política

Idealizada por Antonia Pellegrino, a página aborda temas atuais com recorte de gênero em posts de fácil entendimento

atualizado

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1 de 1 celulares - Foto: rina Strelnikova/iStock

Política é lugar de mulher sim. E é justamente isso que o Instagram AgoraÉQueSãoElas quer mostrar. A plataforma, idealizada por Antonia Pellegrino, tem como objetivo conectar as mulheres à política e mantê-las atualizadas das decisões sendo tomadas no grande centro do poder.

O #AgoraÉQueSãoElas começou como um blog em 2016, no site da Folha de São Paulo, com textos de temas diversos, mas perpassando com mais periodicidade pela violência de gênero. “As mulheres estão no topo da pirâmide da agressão e na base da escala de poder”, explica a escritora e roteirista. Nos últimos meses, o projeto investiu com mais força nas redes sociais.

“Nosso objetivo é jogar luz nos direitos femininos. Trazemos à tona temas do momento, como a proposta de Lei Anticrime, que tem consequências gravíssimas para as mulheres. Queremos olhar a política com um recorte de gênero”, conta. Além disso, Antonia quer trazer visibilidade para as que atuam na política. “Quanto mais conhecidas elas são, mais protegidas elas ficam.”

 

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Hoje chega ao congresso o projeto de lei anticrime do atual ministro da justiça, Sergio Moro. Uma das medidas propostas dele diz respeito ao excludente de ilicitude, que se aplica aos policiais e também a qualquer cidadão. Excludente de ilicitude é um jeito pomposo de dizer que uma pessoa, se praticar um crime, pode não ser punido por isso. ⚡️ Moro pretende alterar o artigo 23 do código penal, para incluir que: “o juiz poderá reduzir a pena até metade ou deixar de aplicá-la se o excesso decorrer de escusável medo, surpresa ou violenta emoção”. ⚡️ Na prática, significa que, numa briga de casal, se uma pessoa assassinar a outra, pode alegar que cometeu o “excesso” devido “a violenta emoção” e conseguir a absolvição sumária. Essa não punição, essa não aplicação de pena, essa liberação, vai deixar os agressores ainda mais confortáveis para agredir. Isso em um dos países que mais mata mulheres no mundo. Em um país onde a taxa de feminicídio disparou. E a posse de armas foi liberada. E nós mulheres não merecemos morrer. ⚡️ Por isso, deputadas e deputados, não incluam o parágrafo 2 ao artigo 23 do código penal, porque abre uma brecha terrível para o feminicídio disparar. #AgoraÉQueSãoElas #FeminicioNao

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Por meio de artes e vídeos com legendas informativas e de fácil entendimento, o perfil ganhou mais adeptos e ótima resposta dos seguidores. Na primeira semana, a página do Instagram teve 100% de crescimento de público, o que demonstra mais interesse popular em discutir as relações entre gênero e política. “Pauta é o que não falta para nós, esperamos poder crescer cada vez mais.”

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