A variante Ômicron do novo coronavírus já é responsável por 97% dos casos suspeitos de Covid-19 no Brasil, segundo um estudo da rede Corona-ômica e da rede Vírus, ligadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), divulgado nesta sexta-feira (21/1).
Os pesquisadores analisaram o material genético de 208.480 amostras de testes de detecção da Covid-19 coletadas entre 11 de novembro de 2021 e 6 de janeiro deste ano em todo o país.

Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupaçãoAndriy Onufriyenko/ Getty Images

Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momentoGetty Images

Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápidoPeter Dazeley/ Getty Images

Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadasUwe Krejci/ Getty Images

Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemploPixabay

O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírusGetty Images

A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissívelGetty Images

A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humanoAndriy Onufriyenko/ Getty Images

De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou DeltaAndriy Onufriyenko/ Getty Images

Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova varianteGetty Images

De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixaGetty Images

Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamenteMorsa Images/ Getty Images

No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da SaúdeMorsa Images/ Getty Images

Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadasAndriy Onufriyenko/ Getty Images

A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventiladosJuFagundes/ Getty Images
Os dados mostram a rapidez com que a nova variante se espalhou, impulsionando uma nova onda da pandemia no Brasil e em dezenas de países, com recordes diários de novas infecções. Em novembro, a Ômicron estava relacionada a apenas 3,4% dos casos suspeitos de infecção, passando para 67,5% já no mês seguinte.
Variante mais transmissível
O estudo comparou também a velocidade com que as variantes já encontradas no Brasil se espalharam. Enquanto a Delta, encontrada originalmente na Índia, levou cerca de 20 semanas para alcançar 100% dos casos positivos analisados, a a Ômicron conseguiu bater a mesma marca em apenas seis semanas.