De estátua zen a caneca de chopp: as lojinhas das famílias Lula e Bolsonaro

Canecas, camisetas, bonés e até miniaturas são vendidas em lojinhas virtuais criadas e administradas por parentes de Lula e de Bolsonaro

atualizado 04/03/2023 22:01

Arte/Metrópoles

São PauloA ideia por trás da “Bolsonaro Store”, anunciada no início da semana pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), não é novidade entre parentes de políticos. Embora o filho 03 de Jair Bolsonaro (PL) tenha prometido produtos exclusivos, ele não é o primeiro a querer lucrar no universo do e-commerce com a figura do patriarca popular na política. 

Há mais de ano, o neto e a nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tocam uma grife que tem o petista como principal inspiração fashion. A “Identità”, chamada de ID nas redes sociais, nasceu em dezembro de 2021, fruto de uma sociedade entre o neto Thiago Trindade Lula da Silva, a nora Renata de Abreu Moreira – mulher de Fábio Luis, o Lulinha – e a advogada Priscila Bittar.

Priscila é amiga da família e irmã de Fernando Bittar, empresário dono do famoso sítio de Atibaia, que foi alvo da Operação Lava-Jato e que resultou em uma das condenações de Lula pelo ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR) – anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Quando a marca foi lançada, o grupo alardeou que “vestir-se é um ato político”. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o projeto nasceu em 2019, quando Lula ainda estava preso em Curitiba. Na ocasião, a ideia foi apresentada pelo trio ao petista, que deu aval para o negócio.

Coleção Lula

Inspirada no presidente, a ID tem a “Coleção Lula”, com 32 peças à venda. São camisetas, bonés, vestidos, chinelos e canecas que levam o nome ou o rosto do petista. A peça mais em conta da ID, uma caneca, sai a R$ 33. Já a mais cara, o “Lula Zen”, custa R$ 298,95.

O “Lula Zen” é uma estátua em miniatura do presidente, que o reproduz como se fosse um buda, sentado com as pernas cruzadas e em pose de meditação. Elaborada pelo escultor Emmanuel Cansanção, ela foi inspirada pelo período em que Lula cumpriu pena na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

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Na conta do Instagram, a lojinha explica que Emmanuel Cansanção quis levar uma “mensagem” com a obra: “Estou preso, mas estou zen, estou meditando, me cuidando, lendo, então, façam o mesmo”.

Outra coleção do site, embora não utilize a imagem do petista, leva o nome “O Brasil Feliz De Novo” e faz alusão ao slogan utilizado nas campanhas eleitorais de 2018 e 2022.

Nela, há camisetas com imagens de caipirinhas e copos de vidro do estilo americano, representantes das “brasilidades e tropicalismo”, conforme explicado pela ID nas redes.

Durante a campanha eleitoral no ano passado, a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, exibiu diferentes estampas da grife lulista no palanque ao lado de Lula.

Bolsonaro Store

“A Bolsonaro Store surgiu para manter vivo (sic) na memória boa parte dos feitos do Presidente Bolsonaro”, anuncia o site divulgado no domingo (26/2) por Eduardo Bolsonaro, sócio da empresa que vende os produtos ao lado da mulher, a psicóloga Heloisa Wolf. A promessa é a de atender um público “refinado”, “conservador” e “exigente” por meio de “produtos com qualidade ímpar”.

Eduardo ganhou a atenção das redes sociais ao anunciar um calendário com fotos exclusivas do ex-presidente enquanto ainda estava no Palácio do Planalto. A loja oferece duas opções para o consumidor: um calendário de mesa, por R$ 49,90, e outro de parede, no valor de R$ 59,90.

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A plataforma com produtos sobre Bolsonaro ainda apresenta poucas opções e todas contam com a imagem ou a assinatura do ex-presidente. São sete itens à venda, no total, incluindo os dois calendários já mencionados. Os preços variam de R$ 49,90 a R$ 109,90.

Além deles, há três tipos de caneca sendo uma de chopp , uma tábua de madeira e um troféu de mesa com a frase “nosso sonho segue mais vivo do que nunca”.

Para os interessados, há um programa de afiliados que prevê uma comissão para quem quiser vender produtos em nome da lojinha e “gerar uma renda extra”. O próprio Eduardo Bolsonaro já escreveu no Twitter: “Essas compras ajudam nas atividades extra parlamentares”.

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