Movimento Ocupa UnB explica por que ocupar a Universidade de Brasília
Ocupação não é invasão. O movimento segue deliberação coletiva e promove diariamente atividades abertas
Ocupa UnB
atualizado
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A conjuntura política do país é marcada por ataques à Constituição, à liberdade de expressão, à democracia e aos direitos sociais — que, segundo ela própria, devem ser garantidos pelo Estado.
O rolo compressor é sintetizado por três propostas: o Projeto de Lei “Escola Sem Partido” — na verdade, a escola de um partido só —, a Medida Provisória da reforma antidemocrática do Ensino Médio e a Proposta de Emenda Constitucional 55 — antiga 241, já conhecida popularmente como “PEC do Fim do Mundo”.
Já são mais de 1 mil escolas e 150 universidades ocupadas no Brasil contra os projetos. Seguindo o movimento, os estudantes da UnB aprovaram, em histórica assembleia, realizada na última segunda-feira (31/10), com quase 1,5 mil pessoas, a ocupação da reitoria da universidade. Desde então, pelo menos outros sete institutos foram ocupados a partir de outras reuniões dos próprios cursos.Ocupação não é invasão. O movimento segue deliberação coletiva e promove diariamente atividades abertas, como aulas públicas, atividades culturais e oficinas dos mais diversos temas, sejam eles acadêmicos, sejam sobre os temas políticos do movimento.
Nosso objetivo é um só: derrotar os projetos que retiram direitos sociais. Para isso, ocupamos, nos manifestamos no Congresso e negociamos as pautas. A história prova que movimentos organizados podem garantir vitórias e barrar retrocessos.
Quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil.