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Reino Unido eleva juros para 3,5%, o maior nível desde 2008

Banco da Inglaterra não descarta novo aumento da taxa para enfrentar inflação de 10,7%, em novembro, que bateu em 11,1%, em outubro

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1 de 1 Imagem colorida da bandeira do Reino Unido - Foto: Reprodução

O Banco da Inglaterra (BoE) elevou sua principal taxa de juros de 3% para 3,5% nesta quinta-feira (15/12). Esse foi o nono aumento consecutivo do indicador, que atingiu o maior nível desde 2008, depois que a taxa de inflação atingiu 11,1%, em outubro, o maior patamar em 41 anos.

O Comitê de Política Monetária do BoE votou por 6 a 3 a favor da medida. Definiu ainda que “novos aumentos” podem ser necessários para enfrentar o que classifica como pressões inflacionárias domésticas persistentes, tanto de preços como de salários.

Uma das integrantes do comitê, Catherine Mann, pleiteou uma elevação ainda maior, mas foi vencida nas discussões. Ele queria que o salto fosse de 0,75 ponto percentual, igual ao de novembro, o maior promovido pelo órgão em mais de 30 anos.

O movimento do BoE segue a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) que, na quarta-feira (14/12), aumentou sua principal taxa de juros em meio ponto básico. Fez isso enquanto os bancos centrais ocidentais lidam com a escassez de mão de obra pós-Covid e o impacto da guerra na Ucrânia nos preços da energia.

Dados oficiais divulgados pelo BoE indicam que a inflação dos preços ao consumidor caiu para 10,7% em novembro, ante os já mencionados 11,1% de outubro. Essa redução de 0,4 ponto percentual foi a maior percebida desde julho de 2021.

O desemprego, porém, subiu, batendo em 3,7% nos três meses até outubro. Os salários, em contrapartida, melhoraram 6,1% em relação ao ano anterior, a mais rápida elevação desde 2021.

No mês passado, o BoE disse que a Grã-Bretanha havia entrado em uma longa recessão e previu que a economia encolheria 0,3% no último trimestre deste ano. Agora, espera uma queda menor, de 0,1%. Acredita ainda que a produção econômica em um ano seja 0,4% superior ao percentual estimado anteriormente. A melhora nesses números seria resultado de medidas orçamentárias que ofereceram estímulos de curto prazo à economia.

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