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Macron diz que alguns dirigentes confundem soberania com agressividade

Presidente francês vê falta de tato nas respostas de Jair Bolsonaro sobre as considerações do G7 relativas aos incêndios na Amazônia

atualizado

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ERIC FEFERBERG/POOL/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Emmanuel Macron
1 de 1 Emmanuel Macron - Foto: ERIC FEFERBERG/POOL/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente francês, Emmanuel Macron, avaliou, nesta terça-feira (27/08/2019), que “faltou tato” ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), nas respostas sobre as considerações de Paris em relação aos incêndios na Floresta Amazônica. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Em discurso a embaixadores, Macron não citou nominalmente o presidente brasileiro, mas chamou de “erro profundo” a adoção de uma postura hostil em resposta a emergências que ultrapassam limites nacionais.

“A Amazônia é estratégica para o mundo inteiro, tanto em termos de aquecimento global quanto de biodiversidade”, disse. “Nesse sentido, notei as inquietudes, a falta de tato de alguns dirigentes, ao considerarem que soberania, no fundo, era agressividade”.

Segundo Macron, “somos um país soberano quando aceitamos com alegria e gentileza a solidariedade internacional, porque é um sinal de amizade”.

Recursos
Nesta terça, Bolsonaro disse que só aceitaria a ajuda de US$ 20 milhões (R$ 83 milhões) oferecida pelo G7 para combater o incêndio na Amazônia caso Macron se desculpasse com ele.

No encontro, o presidente francês insistiu no argumento de que a mancha amazônica se estende por nove países, inclusive a França, que tem um departamento em solo sul-americano (Guiana Francesa).

“Vários outros [países que não o Brasil] solicitaram nossa ajuda. É importante mobilizá-la logo para que a Colômbia, a Bolívia e todas as regiões brasileiras que desejem usufruir desse auxílio possam recebê-lo e reflorestar a área rapidamente”, completou o francês.

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