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O que o Cuca campeão da Libertadores de 2013 tem a dizer ao Cuca do Santos?

Título inédito com o Atlético-MG há sete anos o colocou de vez no cenário dos grandes técnicos. Atitudes antes da semifinal foram decisivas

atualizado

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Ivan Storti/Santos FC
Cuca, técnico do Santos
1 de 1 Cuca, técnico do Santos - Foto: Ivan Storti/Santos FC

Ao longo de anos, o técnico Cuca conviveu com a pecha de treinador sem título. Estreante na profissão em 1998, ele só conseguiu conduzir um time campeão em 2009, quando conquistou o Campeonato Carioca pelo Flamengo. Em 2013, ele exterminou de vez esse rótulo ao entrar para a história do Atlético-MG com o inédito título da Copa Libertadores. Sete anos depois, Cuca tem nova oportunidade de chegar à final da competição sul-americana, desta vez pelo Santos. Para isso, precisa bater o Boca Juniors, nesta quarta-feira (13/1), às 19h15, na Vila Belmiro.

Agora com uma prateleira recheada de títulos, Cuca certamente está mais maduro e irá tirar proveito disso. Mas para chegar à nova decisão de Libertadores, não custa lembrar o que o técnico fez e falou às vésperas do jogo da volta na semifinal em 2013.

O cenário há sete anos era bem menos favorável. O Galo de Cuca havia sido derrotado por 2 x 0 no jogo de ida da semifinal diante do Newell’s Old Boys. Antes da partida em Belo Horizonte, ele poupou seus titulares. Já no Horto, com força máxima, o time partiu para cima, devolveu o placar de 2 x 0 e avançou nos pênaltis. Em 2021, ele já repetiu táticas e falas.

Veja a seguir as principais ações e frases de Cuca em 2013 que podem ajudar em 2021:

Jogadores poupados
Ciente da necessidade de ter seus principais jogadores 100% na partida de volta contra o Newell’s, o técnico decidiu colocar um time inteiro de reservas na rodada anterior no Brasileirão. A tática deu certo. O Galo bateu o Criciúma, deixou a zona de rebaixamento e ainda foi inteiro para o duelo no meio de semana. Em 2021, ele repetiu a tática. Poupou os principais atletas no clássico com o São Paulo e venceu.

Concentração antecipada
O desafio de reverter um placar de 2 x 0 em 2013 fez o técnico Cuca antecipar a concentração do elenco. O time saiu da partida contra o Criciúma, num domingo, direto para o hotel. Em 2021, ele repete a estratégia pelo Santos. Em vez de se apresentarem no hotel no dia do jogo, alguns membros da comissão técnica já dormiram no local desde segunda e o restante do elenco fez o mesmo na terça. Em 2013, Cuca definiu o planejamento assim: “Vamos concentrar hoje, tamanha é a importância do jogo. Concentrar hoje para cuidar bem da alimentação, repouso, estar juntinho, ter muita fé, que as coisas vão sair bem.”

Mensagem de otimismo
Na partida que antecedeu o duelo decisivo da semifinal, Cuca usou uma camisa com a frase “Yes, we CAM”, uma alusão ao “Sim, nós podemos”, mas com as iniciais do Clube Atlético Mineiro. “Ela diz tudo. Sim, nós podemos, agora nós temos que ter junto do ‘nós podemos’, o ‘sim, nós queremos’, ‘sim, nós conseguimos’, ‘sim, nós nos dedicamos’, entregamos, de corpo e alma para jogar com inteligência uma partida bem jogada.”

Boca como referência
Curiosamente, ao explicar a tática que usaria diante do Newell’s Old Boys em 2013, Cuca citou o Boca Juniors, adversário desta quarta-feira, como exemplo. “Esse time do Newell’s é diferente do Boca, do Vélez. Não é um time que fica lá atrás, catimbando e se defendendo. Eles jogam. Então, vai ser um jogo de adrenalina pura”.

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